Em 27 de novembro de 1986, Brasília viveu o seu primeiro grande protesto pós-ditadura, nos extertores do velho regime, no que era a alvorada da Nova República, sem Tancredo Neves, mas na esperança de dias melhores. O presidente José Sarney havia acabado de baixar o Cruzado 2, depois do PMDB sair vitorioso em 26 estrados, no que pareceu ser o primeiro grande estelionato eleitoral da segunda metade do século 20.

Naquele dia, trabalhadores e estudantes tomaram a Esplanada dos Ministérios e realizaram um protesto gigantesco contra a situação econômica do país. O movimento foi organizado pelas então duas maiores centrais sindicais — CUT e CGT — além de dirigentes de partidos de esquerda: PT, PCdoB, PCB e MR8, além do PDT — e representantes do Diretório Central dos Estudantes da UnB.

O fracasso do chamado Plano Cruzado, de Sarney, foi seguido por medidas indigestas. Em meados de novembro, logo após o anúncio do resultado das eleições, com a ampla vitória do PMDB em praticamente todos os estados — a legenda perdeu apenas o governo de Sergipe para o PFL —, o Palácio do Planalto anunciou o Cruzado 2, que previa, entre outras coisas, o aumento de tarifas públicas, reajuste de impostos e novos cálculos de inflação.

A reação popular foi dura naquele dia. Mas o que era um protesto massiço reunindo 10 mil pessoas em Brasília descampou para um quebra-quebra generalizado no coração do país, com pelo menos 26 viaturas da Polícia Civil de Brasília incendiadas, assim como dois veículos do Governo do Distrito Federal, um ônibus do Exército, outro da TCB, a empresa estatal de transportes coletivos de Brasília. Além de atos de depredação de prédios públicos e o saque geral de um supermercado em plena rodoviária de Brasília. No centro comercial da cidade, prédios foram vandalizadosw.

Um relatório do SNI, identificado como Informe 516/86/Dl/CIPO/SEP, obtido pela Focus Brasil no Arquivo Nacional — produzido poucos depois da greve geral em todo o território nacional, em 12 de dezembro — resultado direto do ato de 27 de novembro, mostra detalhes do grande evento que contou com 10 mil pessoas na frente do Congresso Nacional, transcorrendo em perfeita ordem até  o final do dia.

Os protestos foram programados assim que saíram os resultados das eleições de 1986, com a ampla vitória do PMDB, mas o avanço das esquerdas no Congresso. Luiz Inácio Lula da Silva fora eleito deputado federal constituinte e a bancada do PT chegou a 18 parlamentares, praticamente triplicando. Brasília ganhara sua primeira representação política, tendo eleito três senadores e oito deputados — com mais metade da bancada de 11 parlamentars de clara orientação progressista.

A capital do país recém adquirira autonomia e vivia um turbilhão político, com reuniões organizadas pela plenária intersindical, com comando duplo da CGT e CUT, realizadas no Sindicato dos Bancários, ligado à época ao Partido Comunista Brasileiro. A imprensa deu ampla divulgação à organização dos protestos, convocados logo depois do governo anunciar o pacote. Mas não apenas pela mídia. Os órgãos de repressão e inteligência do governo federal também estavam de olho. O Serviço Nacional de Informações, o famigerado SNI, ainda estava em pleno funcionamento e já tinha um amplo dossiê dos atos.

No início daquela semana, poucos dias antes da tarde de quinta-feira, 27, quando o centro de Brasília transformou-se em “praça de guerra”, houve uma reunião da Plenária Intersindical de Brasília com pouco mais de uma centena e meia de sindicalistas, militantes dos partidos de esquerda, estudantes e líderes políticos, incluindo os recém-eleitos deputados federais Augusto Carvalho (PCB), Geraldo Campos (PMDB), Márcia Kubitschek (PMDB) e Sigmaringa Seixas (PMDB). Também estavam presentes os senadores eleitos Maurício Corrêa (PDT) e Pompeu de Souza (PMDB).

Então presidente da CUT-DF, o hoje deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) (foto) lembra que a cidade ferveu. “Marcamos o início do protesto para as 14h, saindo da Rodoviária, com o intuito de seguir para o Congresso e, depois, para o Ministério da Fazenda”, diz. Dez mil pessoas compareceram ao ato, caminhando lentamente em direção à Praça dos Três Poderes. Na altura da Catedral, uma barreira policial foi montada, mas não impediu a passagem dos manifestantes.

A concentração ficou no gramado em frente ao Congresso Nacional. Os discursos se seguiam no aparelho de som instalado numa kombi, com líderes sindicais se revezando nas críticas ao governo e pregando a revogação do Cruzado 2, anunciado pelo então ministro da Fazenda, Dilson Funaro, alvo da maior parte da fúria dos militates e dos protestos.

O Informe 516 da Secretaria de Segurança Pública do GDF traz um relato dos eventos que se seguiram: “As negociações entre autoridades responsáveis pela segurança pública, e os sindicalistas encabeçadores [sic] do movimento não tiveram progresso, e às 13h da data programada (27NOV86), aproximadamente 6 mil pessoas concentravam-se na Estação Rodoviária de Brasília (ERB)”.

O SNI conta que “logo após, aproximadamente 3 mil pessoas, que se deslocavam pelo Eixo Rodoviário Sul, juntavam-se aos demais manifestantes. A polícia montou dispositivo de segurança, tentando impedir a pesagem de manifestantes da ERB para a Esplanada dos Ministérios, entretanto, não logrou êxito. A Esplanada dos Ministérios foi tomada inicialmente, pelos manifestantes que procediam do Eixo Rodoviário”.

“Às 15h, manifestantes que se encontravam nas proximidades do Palácio do Planalto, foram afastados pelas forças de segurança. Impedidos de permanecerem na Praça dos Três Poderes, os manifestantes juntaram-se a outros que se concentravam em frente ao Congresso Nacional e ao longo da Esplanada dos Ministérios. Entre às 15h e 16h30min, verificaram-se verificaram-se diversos pequenos confrontos, com os manifestantes tentando alcançar a Praça dos Três Poderes, só não conseguindo devido ao trabalho das forças de segurança”, diz o relatório, não mencionando que a repressão aos manifestantes foi dura. Profissionais da imprensa tiveram equipamentos fotográficos quebrados para impedir o registro da linha dura atuando no centro da capital do país.

“Às 15h20min, representantes de classes e dirigentes sindicais, utilizando-se de alto falantes instalados em duas Kombis pertencentes ao Sindicato dos Bancários e ao Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (SINTTEL), levavam mensagens aos manifestantes”, continua.

Diz o informe: “Na oportunidade, Brígido Roland Ramos, ex-presidente do SINTTEL, leu versos contestatórios à política governamental. O texto recebeu a denominação ‘Eu tô virado no bode’ [leia a letra, reproduzida aqui] e teve a contribuição do Diretório Central dos Estudantes (DCE-Livre) da Faculdade de Artes da Fundação Brasileira de Teatro (FBT). Francisco Domingos dos Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF) também fez uso da palavra, e em trecho de seu pronunciamento, exaltou: ‘Estamos nos armando e enfrentaremos a polícia, de homem para homem’”.

O relatório retirado dos arquivos do SNI prossegue: “Às 16h30min, os manifestantes deslocaram-se em passeata, da frente do Congresso Nacional, até o Ministério da Fazenda, onde formaram uma comissão para falar com o titular da pasta. Na impossibilidade da referida comissão ser recebida pelo Exmo. senhor ministro, os manifestantes continuavam ocupando as partes externas (pátios) do bloco que abriga o Ministério da Fazenda. Tal situação perdurou até às 17h15min, quando contingentes da Polícia Militar do DF, usando de energia, dispersaram a concentração”.

À página 7 do Informe 516, o parágrafo 9 menciona: “Às 18h45min, quando se encontravam envolvidas na cerca de 7 mil pessoas, um grupo de cerca de 20 manifestantes interceptou, na altura da entrada do Posto do Touring Clube, um microônibus pertencente ao Ministério do Exército, depredaram-no e logo após o incendiaram. A partir de então, um grupo formado de aproximadamente 80 pessoas (a maioria jovens de 15 a 25 anos), ingressou na parte interna da ERB e depredaram e incendiaram veículos por aquele setor. O alvo era somente veículos do serviço público. Enquanto se davam as ocorrências de saque, depredações e incêndios, parte dos populares que se concentravam na parte superior da ERB, aplaudiam as cenas, fato que animava, ainda mais os manifestantes”.

O relatório não menciona, mas as viaturas da polícia — Veraneios Vascaínas (pintadas de preto e branco e cinza) — foram convenientemente deixadas na rodoviária, umas perto das outras, sem qualquer vigilância. Era quase uma deixa para a entrada dos vândalos, agentes da P2 do Exército, fortes e robustos, que escondiam os rostos, não eram incomodados pela polícia, mas foram apresentados pela Secretaria de Segurança do GDF como “guerrilheiros urbanos” de esquerda. Eram profissionais da agitação, que depredaram tudo com a fúria fazendo do centro da cidade uma batalha campal.

O relato do SNI informa ainda que, “às 19h45min, contingentes da PMDF ocuparam a ERB e expulsaram os manifestantes. Às 20h15min, no Setor Comercial Sul foi detectada a presença de um grupo de aproximadamente 50 pessoas praticando atos de vandalismo. Estas pessoas, na maioria aparentando idade de 15 e 20 anos, agiam sem camisa e usavam capacetes de motoqueiro”. Mais uma vez, o documento da inteligência não explica as graves falhas da segurança que permitiram o quebra-quebra dos ‘proto-black blocks’, precursores das ações violentas de 2013 que também, como no passado, eram poupados da repressão que só tinha como alvos os “comunistas culpados de sempre”.

O relatório confidencial Apreciação 004/120/AC/87, produzido pela Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), em 3 de fevereiro de 1987, traz a relação dos manifestantes que participaram dos protestos de 27 de novembro de 1986 e uma lista com os presos nos atos da Greve Geral realizada em 12 de dezembro. O documento menciona as organizações troquiskistas brasileiras (“OTB”) e outras organizações comunistas (“OC”), “que atuam encasteladas no PT” — responsabilizado juntamente com a CUT diretamente pela violência ocorrida naqueles dois eventos.

Entre os “fichados” pelo SNI como participantes do “Badernaço” estão 166 militantes de partidos de esquerda, estudantes, dirigentes sindicais e até parlamentares, com as ligações e filiações marcadas por arapongas infiltrados nas reuniões da Plenária Intersindical. Praticamente, toda a esquerda organizada de Brasília surge identificada, incluindo o autor desta reportagem, que tinha então 20 anos e estudava jornalismo — a lista completa está no box, na próxima página. A outra lista no relatório é a de presos no dia da greve geral — 81 militantes e dirigentes sindicais em todo o país. Em Brasília, Chico Vigilante foi detido com outras quatro pessoas.

As investigações abertas pelo GDF, na época encabeçada pelo governador José Aparecido, um democrata ligado ao PMDB de Minas Gerais, jamais chegou a avançar e nunca conseguiu apontar diretamente os criminosos responsáveis pela depredação do centro da capital federal, que assustaram o presidente José Sarney, colocaram o país em risco de crise institucional na recém-criada Nova República e deixaram os militares em situação de prontidão para uma eventual “intervenção” a fim de “restabelecer a lei e a ordem” e justificar o pretexto de uma ação mais repressiva.

Velho dirigente sindical e agitador cultural, Antenor Gentil Júnior prestou depoimento à comissão de sindicância instaurada por José Aparecido ainda em dezembro de 1986 para apurar quem transformou uma manifestação pacífica num festival de carros incendiados. Morto em janeiro deste ano, Júnior fez observações em seu testemunho perante a comissão:

“Jovens com menos de 30 anos, corpos atléticos, corte de cabelo bem feito, calças jeans, tênis, camisas amarelas, pessoas que ficaram muito próximas à polícia e que proferiam palavras de confronto com a polícia; que, no entanto, a polícia não molestava a qualquer desses manifestantes. Que na opinião do depoente os atos de vandalismo foram praticados por grupos de direita ou paramilitares, isto porque o depoente conhece grande parte dos militantes de esquerda de Brasília, podendo afirmar que esses grupos se orientam pelo caminho pacífico”.

Professor de história da Universidade de Brasília, Daniel Barbosa Andrade de Faria, que escreveu sobre o episódio do “Badernaço”, não tem dúvidas em apontar que havia indícios fortes que indicavam a participação de agentes provocadores – talvez mesmo da Polícia Militar de Goiás. “As viaturas policiais foram enfileiradas e simplesmente abandonadas na Esplanada, como uma espécie de isca para manifestantes revoltados ou para os provocadores poderem atuar. Os incendiários não foram reconhecidos individualmente. Pareciam jovens, fortes; não eram conhecidos militantes políticos de Brasília”, observa. “Durante o tumulto, policiais impediam jornalistas de fotografar o evento – alguns tiveram suas câmeras tomadas e destruídas”. E, curiosamente, foram os militantes da esquerda brasiliense quem mais apanharam dos policiais.

No depoimento à comissão de sindicância, o jornalista  Fernando Lemos, então editor executivo do Correio Braziliense [já falecido], constava que não tinha avançado nas conclusões acerca da identificação das pessoas envolvidas no “badernaço”. Mas um contraventor do jogo do bicho teria dito a ele que os atos de destruição foram promovidos por agentes da P2 (o Setor de Informações do Estado-Maior das Forças Armadas). Foram essas pessoas que comandaram o quebra-quebra. Segundo outra fonte, o núcleo do comando do quebra-quebra pertenceria à “comunidade de informações” e teria vindo da região do Bico do Papagaio (PA), o que dificultaria sua identificação pelos órgãos da segurança. Ou seja, a ação teria sido coordenada por setores da comunidade de informações sem que o próprio Sarney tivesse conhecimento, assim como outros ministros e integrantes do governo federal.

A comissão de sindicância, designada pelo Decreto 9.971, de 1º de dezembro de 1986 por José Aparecido, tinha como objetivo apurar as responsabilidades dos tumultos ocorridos. Além das autoridades, faziam parte da comissão o reitor da UnB, Cristovam Buarque; o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Carlos Marx; além do presidente da Associação Comercial do DF, Lindberg Cury, dentre outras personalidades da sociedade civil.

“Quando as depredações se iniciaram, a comissão registra não ter encontrado explicação convincente, ainda mais diante das denúncias de que, ao mesmo tempo em que depredadores e incendiários agiam livremente, repórteres eram agredidos, tendo suas máquinas fotográficas tomadas e destruídas – não sendo possível, contudo, determinar se tais atos partiam ou não de uma ordem do alto comando”, observa Faria.

Os ‘fichados’ pelo SNI

 

 

Augusto Carvalho (PCB)

Antenor Gentil Júnior (PCB)

Antônio Gomes Neto (PCdoB)

Ataídes Gomes (PCdoB)

Angelita Naito (PCB)

Ângela Soares da Silva (PCdoB)

Andréa Chagas (PORT-P)

Arlete Sampaio (FR)

Arlindo Fernandes de Oliveira (PCB)

Abrão Lincoln de Alencar (MR-8)

Antônio de Pádua (CUT-Bancário)

Abrahão Cavalcanti Lima (MR-8)

Albertina Magalhães Moraes (PCB)

Agnelo Santos Queiroz Filho (PCdoB)

Aguimar Mendes Ferreira (PT)

Alberto Silva Júnior (PT)

Alcinda Maria Machado Godoy (FQI)

Austregésilo Ferreira de Melo (FQI)

Alfredo Antonio Saad Filho (PCdoB)

Arlindo José de Oliveira Filho

Aldo Arantes (PCdoB)

Aurélio Peres (PCdoB)

Alvamar de Queiroz (OQI)

Adelino Cassis (PCB/Ala Prestes)

Aristóteles Gusmão da Silva (MR-8)

Antonio Rocha Barros (Sinttel)

Armando Sobral Rollemberg (CUT)

Benjamin Benzaquen Sics (PCB)

Bruno Walter Coelho Saraiva (PCdoB)

Bernardete Lima Santos (FQI)

Bernardo Cardoso (MR-8 Umesb)

Barlete Vinhote (MR-8 Umesb)

Brígido Ramos (Sinttel)

Carlos da Rocha — “Carlão” (PCB)

Carlos Alberto Torres (PCB)

Carlos Alberto de Almeida (Port-P)

Carlos Geraldo Megale (PT)

Cleovan da Silva Porto (PCdoB)

Clovis Rodrigues Pereira (PCdoB)

Cyro Lisita (PCdoB)

Cynthia Peter (PCB)

Carlos Henrique B. Pereira — “Cao” (MR-8)

Davi Emerick (PCB)

Djalmir Augusto de Assis (CUT)

Derosse A. Medeiros Filho

Deusdedith Rocha Júnior (Debate e Ação)

Eliane Morais Nascimento (FQI)

Erika Morais Nascimento (FQI)

Erika Kokay Valente (PT)

Eduardo Santos Leite (PT)

Edvaldo Moreira — “Pipi” (PT)

Edilberto Sebastião Pires (UNB)

Expedito Andrade (Ceub)

Chico Vigilante (CUT)

Fernando Tolentino (PCdoB)

Fernando Antônio Trindade (PCB)

Félix Angelo Palaci (PCB)

“Chico floresta” (Debate e Ação)

Fabiano Queiroga (Debate e Ação)

Francisco Fernandes (OQI)

Fernando Saraiva (FQI)

Francisco Lacerda (PT)

Geraldo Campos (PCB)

Geraldo Lima Bentes (Senalba)

Geraldo Magela Pereira (PT)

Gilberto Barata (PT)

Haroldo Lima (PCdoB)

Hélio Marcos Prates Doyle (PDT)

Hudson Cunha (PT)

Hermes Alves Cardoso (PCdoB)

Ivonete Souza — “Santa” (PCdoB)

Íris Carlos Santos da Silva (PCB)

Ivo Fluger Mathias (Debate e Ação)

Ipaminona Rodrigues da Silva

Ilza Maria Santos Queiroz (PCdoB)

Isaías Cassimiro (Rodoviários)

Jorge Medeiros (Debate e Ação)

Jorge Vinhas (FQI)

José Neto (PRC)

João Araújo Neto

José Eudes de Oliveira Costa (FQI)

José Eustáquio da Silva (Bancário)

José Oscar (PCB/Ala Prestes)

João Madeira

José Jackson Bacelar Júnior (PT)

Jackson Alvares de Moura (PCdoB)

João Lopes (PCdoB)

Jaime de Oliveira Souza (PCdoB)

Jaime Sautchuk (PCdoB)

José Adão Felício (PCdoB)

Jesseu Emerick (PCdoB)

José Messias de Souza (PCdoB)

Jusmar Antônio de Oliveira (PCB)

José Neves Filho (Comerciário – CGT)

José Irenaldo Leite Ataíde (PCB)

José Ricardo Caldeira Brant (PCB)

José Luiz Garcia Mir (PCB)

Jamil Magari (PCB)

José Machado Filho

Jomar Alves Moreno (Professores)

Joselito Correa (MR-8)

José Carlos Teramusse (PCB)

Jacques de Oliveira Pena (FQI CUT)

José Alfredo Bacelar Júnior (PT)

Lauro Campos (PT)

Luiz Carlos Ferreira (OQI)

Luiz Carlos Sigmaringa Seixas (PCB)

Luiz Basílio Rossi (PT)

Luiz Cézar Malveira (Bancário)

Luverci Lula (PT)

Lúcia Helena de Carvalho (PT Sinpro)

Marco Antônio Campanella (MR-8)

Maria Laura Pinheiro Rego (FQI)

Maria José da Conceição (Médicos)

Milton Seligman (PMDB/PCB)

Mauro Pereira Porto (PCB)

Maria Francisca Sales Pinheiro (FQI)

Maurício Correa (PDT)

Maerle Ferreira Lima (PMDB)

Marcus Vinícius Lima (PCdoB)

Maria Ivonete Alves (PCdoB)

Maria das Graças Silva (PCdoB)

Manoel Rodrigues Neto (PCdoB)

Margareth Fatima de Oliveira (PCB)

Maria Lúcia Ivanov (PT Sinpro)

Maria Tereza — “Maitê” (FQI)

Mihail Ivanov (Professor Russo)

Maria Diqmicis Chevalier (Bancários)

Nelson Vieira Serra (PCdoB)

Nivaldo Mariano da Silva (PCdoB)

Nelson Moreira Gomes (PCB)

Nelson Moreira Sobrinho (Professor)

Nobia Viana

Nivaldo Alves da Silva (PCdoB)

Orlando Cariello Filho (PT)

Olímpio Cruz (Estudante)

Paulo Sérgio Ramos Cassis (PCdoB)

Paulo Miranda (PT)

Pedro Thomás Neto (PCdoB)

Paulo Henrique Oliveira (PCdoB)

Pery Luiz de Mello Nazareth

Paulo Fona (PT)

Pedro Celso de Oliveira (Rodoviário)

Paulo Henrique Veiga (FQI)

Paulo Valle (PT)

Raquel Andrade Figueiredo (PCdoB)

Robert Lenox (PV)

Ricardo Soares da Silva (PCdoB)

Ribeiro – Ex-Cabo do PIC/EB

Ricardo Pereira (Debate e Ação)

Raimundo Correa (PCdoB)

Roberto Silva (PCB)

Raimundo Rocha Braga

Raimundo Nonato Cruz (FSPB)

Ricardo Monte Rosa (PT)

Ricardo Gonçalves Pacheco (FQI)

Rogério José Dias (PCB)

Sérgio Siqueira da Cruz (MR-8)

Sandra Santos (Debate e Ação)

Vânia Rodrigues Araújo (PCdoB)

Vanessa Maria de Castro (PCB)

Valéria Oliveira (Debate e Ação)

Walmir Victório Filho (Debate e Ação)

Walter Ney Valente (PCdoB)

Wanderley José da Silva (PCB)

Wagner Soares da Silva (PCdoB)

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