8 de outubro de 1967

EXÉRCITO DA BOLÍVIA MATA CHE GUEVARA

Soldados do Exército boliviano, em ação conjunta com agentes da CIA, emboscam e capturam na Quebrada do Yuro, no altiplano boliviano, o revolucionário argentino Ernesto Che Guevara. Ele é levado em seguida ao povoado de La Higuera, onde seria assassinado por ordem direta do presidente Renê Barrientos.

Mais conhecido líder da revolução cubana depois de Fidel Castro, Guevara decidiu deixar o governo da ilha em 1965 para disseminar guerrilhas revolucionárias em países do Terceiro Mundo. Dirigiu-se com um grupo de cubanos ao Congo, na África, mas a tentativa de implantação do foco guerrilheiro terminou em completo fracasso. Com um conjunto muito reduzido, voltou-se então para a Bolívia, onde esperava receber apoio do Partido Comunista local, o que jamais ocorreu. A coluna terminou isolada entre indígenas, cujo idioma os guerrilheiros desconheciam.

13 de outubro de 1944

A ESTREIA DO TEATRO EXPERIMENTAL DO NEGRO

O Teatro Experimental do Negro (TEN) é fundado, no Rio de Janeiro, por iniciativa do professor Abdias Nascimento (1914-2011), com o apoio de amigos e intelectuais brasileiros. A companhia busca a conscientização e também a alfabetização do elenco, recrutado entre operários, empregadas domésticas, favelados sem profissão definida e modestos funcionários públicos. Além disso, o TEN procura estimular a criação de textos relacionados à situação do negro. Em maio de 1945, encenam o espetáculo “O Imperador Jones”, de Eugene O’Neill, que cedeu os direitos gratuitamente ao grupo. O espetáculo, dirigido por Abdias do Nascimento, apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi bastante elogiado pela crítica e público.

 

12 de outubro de 1968

QUEDA DE IBIÚNA: UNE VAI PARA A CADEIA

Durante a realização do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna, interior de São Paulo, mais de 900 estudantes são presos, entre eles os principais líderes estudantis do país: Luís Travassos (UNE), Vladimir Palmeira e Franklin Martins (União Metropolitana dos Estudantes) e José Dirceu (União Estadual dos Estudantes), entre outros. Todos foram levados diretamente ao Dops. Os demais, recolhidos ao Presídio Tiradentes. Atuaram na repressão 250 soldados da Força Pública, apoiados por 80 agentes do Dops.

 

13 de outubro de 1978

SAI AI-5, ENTRA LSN E ARBÍTRIO CONTINUA

O Congresso promulga a Emenda Constitucional 11, aprovada pela maioria governista, que revoga os atos institucionais da ditadura. O habeas corpus e outros direitos políticos são restaurados. Considerando a proposta limitada, o MDB nega-se a votá-la e boicota a sessão solene de promulgação. O fim do Ato Institucional 5 é fruto do avanço da luta democrática e coroa o projeto de “distensão lenta, gradativa e segura” de Ernesto Geisel. Mas, ao revogar o AI-5, o general estabeleceu uma nova Lei de Segurança Nacional (LSN), que mantém poderes arbitrários nas mãos da ditadura.

A Emenda 11, que entraria em vigor em 1° de janeiro de 1979, confere ao presidente o poder de decretar “medidas coercitivas emergenciais” – um Estado de Sítio circunscrito a uma determinada região. Esse instrumento seria usado contra trabalhadores do ABC, na greve de 1980, e contra a população de Brasília, na votação da Emenda das Diretas em 1984. Criou também o decurso de prazo para os decretos-leis do Executivo – se não fossem votados pelo Congresso em um prazo de 60 dias, esses decretos seriam considerados aprovados e transformados em lei.

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