Relatório da CPI vai apontar crimes de Bolsonaro e de pelo menos dois de seus filhos: o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo. Renan disse que vai indicar ainda outras autoridades do governo federal

 

A CPI da Covid se encaminha para o seu final até a próxima semana. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que pretende concluir seu relatório final no dia 15 de outubro e só então vai receber contribuições dos outros integrantes da CPI. Ele antecipou que pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e de assessores, além de dois dos filhos do ex-capitão: o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o filho Carlos Bolsonaro.

A previsão é de que o relatório final será apresentado para leitura no dia 19 de outubro e será submetido à votação no plenário da comissão no dia 20. Renan antecipou que usará os tipos penais indicados por vários juristas com base nos fatos investigados pela CPI.

Bolsonaro, ministros e autoridades que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público e da roubalheira serão indiciados. “Então, essas pessoas serão responsabilizadas e nós utilizaremos tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade”, apontou. “Estamos avaliando com relação a indígenas a utilização dos genocídios”.

Na quarta-feira, 6, o relator da CPI anunciou a inclusão de mais quatro investigados pela comissão. Os novos alvos da CPI são Marcos Tolentino, Danilo Trento, Otávio Fakhoury e Allan dos Santos. Renan afirmou que com a inclusão desses nomes já são 36 pessoas investigadas pela CPI.

A CPI anunciou que tomará no dia 18 de outubro, pela terceira vez, um novo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os senadores vão questioná-lo sobre a retirada de pauta da análise do uso da cloroquina. Também querem saber da suspensão temporária de vacinação para adolescentes e ainda os planos do governo para a manutenção da campanha de vacinação em 2022.

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