Defesa do legado de Vargas e alerta sobre Petrobrás
No dia 24 de agosto, data de morte do ex-presidente Getúlio Vargas, Lula, que estava no Rio Grande do Norte, homenageou o ex-presidente e defendeu o legado deixado pelo líder trabalhista na conquista dos direitos dos trabalhadores e construção de um Brasil mais soberano.
“É importante recordar a ousadia e o compromisso de Getúlio com a soberania nacional, simbolizada na criação da CSN e em um conjunto de iniciativas que transformaram o Brasil em um país industrializado, quando queriam nos condenar a ser, eternamente, uma nação essencialmente agrícola”, lembrou. “Nenhum país é soberano se não for capaz de desenvolver todo seu potencial econômico e voltar esse potencial para a geração de empregos e oportunidade para o seu povo. Foi esse o caminho que Getúlio abriu para muitas gerações”.
Lula destacou ainda a construção da Petrobrás, em 1953, no governo Getúlio, e lamentou o desmonte da companhia por Bolsonaro. “A gente não teve coragem de levantar para evitar que um dos mais importantes patrimônios públicos desse país, uma das empresas mais importantes para o investimento tecnológico nesse país fosse destruída”, pontuou.
“A Petrobrás não era só uma empresa de petróleo, mas uma empresa com capacidade de investimento”, destacou. “Quando chegamos ao governo, ela investia mais ou menos US$ 3 bilhões por ano. Quando eu era presidente, chegamos a investir US$ 30 bilhões por ano. Foi por isso que encontramos o pré-sal e foi por isso que eles deram o golpe contra a Dilma”.
Lula foi certeiro: “A gente tinha decidido que o petróleo do pré-sal seria o passaporte do futuro deste país, que a gente ia investir 75% dos royalties do petróleo em educação, ciência e tecnologia e na saúde. Com a lei da partilha a gente deixou claro que esse petróleo não era para que as multinacionais explorassem, mas era do povo brasileiro. E a gente se propôs a criar um fundo para que a gente pudesse garantir que todos os 215 milhões de brasileiros tivessem direito”. •