Encontro do NAPP Esporte nesta terça (16) apontou medidas que podem fazer parte de programas de governo nos municípios

Olhar para o Esporte como política pública é o desafio das candidaturas petistas

Responsável por coordenar o programa de Esporte durante o governo de transição do presidente Lula, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, sempre enxergou o setor como política pública que pode transformar uma cidade social e economicamente.

“Em Araraquara trabalhamos o Esporte como política de inclusão social atrelada à Educação. Temos 58 polos esportivos espalhados pela cidade, para serem usados depois das aulas, numa das maiores ações do tipo do Brasil”, ilustrou Edinho, durante debate do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas ( NAPP) de Esporte, realizado na terça (16).

Edinho também vê o setor como garantia de lazer à população, mas também com expectativas profissionais. “O esporte de alto rendimento abrange todas as idades e temos hoje um dos maiores times de futebol feminino do Brasil que é a Ferroviária. Com medidas a curto, médio e longo prazo, o Esporte pode transformar qualquer cidade”, completou.

A professora Rejane Pena, que já foi secretária de Esporte em Porto Alegre (RS) e hoje atua no Ministério da pasta, complementou: “Sempre começamos uma política pública ligada ao esporte com um diagnóstico preciso da cidade onde ela será aplicada. Isso permite com que a gente possa colocar em prática cada modalidade ou ação mais adequada ao perfil de determinado bairro ou região”.

A partir deste diagnóstico, segundo Rejane, qualquer cidade consegue definir suas prioridades para o Esporte causando impactos profundos na qualidade de vida da população.

O também professor Lino Castellari, que já foi secretário Nacional do Ministério do Esporte, sempre defendeu o setor como construção de cidadania.”Seja como lazer ou de alto rendimento, a presença do esporte num bairro ou região muda o cenário local por completo, seja do ponto de vista social, educacional ou até econômico”.

Eliane Elicker tem levado o Esporte para os seus estudos como docente da Universidade Estadual do Acre e aponta a histórica falta de investimentos como o grande problema do setor.

“Mesmo com alguns avanços desde a criação do Ministério do Esporte em 2003 ainda há uma clara falta de investimento seja em nível municipal, estadual ou federal para que o esporte se transforme de fato numa política pública. Muitas vezes o dinheiro está disponível e não é colocado em prática. Portanto para integrar os programas municipais dos nossos governos o Esporte precisa ser enxergado como um investimento que pode transformar a vida das pessoas e a vida na cidade”.