Revista traz reflexões sobre novo mundo do trabalho e meio ambiente
A edição setembro-outubro da revista Reconexão Periferias traz o artigo Ocupar as ruas por mais democracia e com novos atores, do sociólogo Paulo César Ramos, no qual reflete sobre acontecimentos mais recentes em que as forças democráticas insurgiram: os atos de 21 de setembro, o julgamento e a condenação de Jair Bolsonaro, assim como a formação e a vitória da chapa Lula-Alckmin para a Presidência da República em 2022.
Já no texto Trabalho, meio ambiente e território conectados em ações nas periferias, Artur Henrique da Silva, Paulo César Ramos e Darlene Testa, todos da equipe da Reconexão Periferias, falam sobre novos territórios de resistência à degradação ambiental. “Experiências de hortas comunitárias, reciclagem, cooperativas de catadores, economia criativa e movimentos culturais periféricos mostram que é possível articular geração de renda com preservação ambiental e inclusão social”.
Impostos, mitos e movimentos sociais no Brasil é o tema do artigo assinado por Monika Dowbor, Frederico Salmi, Henrique Aragusuku e Helena Costa da Trindade, no qual defendem que esses temas não são exclusivos de economistas. “Você, cidadã e cidadão comum, pode e deve falar sobre tudo isso. Devemos falar sobre como o Estado brasileiro é financiado por meio de impostos”.
Na seção Entrevista, o vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental Leonardo Pinho fala sobre a criação de empregos com direitos sociais e previdenciários como principal desafio do novo mundo do trabalho, onde nos setores de tecnologia de ponta a contratação ainda se dá em modelos de superexploração anteriores à década de 1940. “O impacto das péssimas condições de trabalho são hoje, no Brasil, o principal motivo de afastamento.”
O perfil do Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas é apresentado nesta edição, com a trajetória da ONG que surgiu em 1992 e se tornou a principal e mais atuante organização feminista local. Criado a partir da necessidade de um movimento autônomo que ampliasse a visibilidade das demandas das mulheres de Pelotas (RS), consolidou-se como uma referência na luta por direitos e contra todas as formas de violência de gênero.
A revista traz um registro da a roda de conversa “Transição Ecológica, trabalho, meio ambiente e participação social nas periferias”, que reuniu integrantes do governo federal, organizações da sociedade civil e técnicos com o objetivo de debater conceitos, práticas e políticas públicas em torno desses temas para posicionar a atuação dos dirigentes petistas. O resultado do debate será publicado em um caderno que dará subsídios para o desenvolvimento de ações e políticas voltadas à periferias.
E também publica um texto sobre o evento realizado a partir da pesquisa Continuidades e descontinuidades do associativismo periférico: o que a Fundação Perseu Abramo tem dizer. Realizado pela Reconexão Periferias, área da Fundação Perseu Abramo, o estudo foi elaborado por Victoria Lustosa Braga, Ruan Bernardo de Brito e Paulo César Ramos, que apresentaram na ocasião uma síntese dos achados da pesquisa, contando com as contribuições da debatedora convidada Ana Claudia Chaves Teixeira – professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Unicamp e pesquisadora do INCT Participa –, bem como de organizações de periferias.
A seção de Arte apresenta Cida Aripória, uma ativista feminista e socioambiental. Primeira rapper indígena do Amazonas, produtora cultural e audiovisual e vive a cultura Hip-Hop há 22 anos, coordena o coletivo OcupaMinart AM.
A revista traz ainda a seção Oportunidades.
