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22 de maio de 2014
Trabalho forçado: setor geraria US$ 150 bilhões em lucro ao ano no mundo
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou relatório intitulado “Profits and Poverty: The Economics of Forced Labour” (Lucros e Pobreza: Aspectos Econômicos do Trabalho Forçado), que traz dados do trabalho forçado no mundo. O estudo estima que 21 milhões de pessoas estejam submetidas a trabalhos forçados, seja por tráfico de pessoas, escravidão por dívidas ou trabalhos em condições análogas a escravos no mundo. Mulheres e meninas representam 11,4 milhões dessas vítimas (55%) e adultos são mais afetados pelos trabalhos forçados que as crianças. A Ásia é a campeã de casos de trabalhos forçados, com 11,7 milhões de vítimas, correspondendo a 56% do total mundial. A grande maioria dessas pessoas (90%, i.e., 18,7 milhões) é explorada no setor privado, por indivíduos ou empresas, dividindo-se de acordo com o Gráfico 1. Os outros 2,2 milhões (10%) realizariam trabalhos impostos por parte do Estado (como em prisões) ou exército, bem como por parte de grupos paramilitares, o que é considerado pelo estudo como trabalho forçado.

Dessas vítimas de trabalhos forçados, 3,4 milhões estariam nos serviços domésticos, 3,5 milhões na agricultura e afins e mais de 7 milhões em construção, manufatura, mineração, entre outros.

O trabalho forçado tem gerado cerca de US$ 150 bilhões de lucros ilegais ao ano, valor semelhante ao PIB (Produto Interno Bruto) da Nova Zelândia, por exemplo, e montante três vezes maior que o valor estimado anteriormente pela mesma organização. O estudo aponta ainda que os lucros são mais altos na Ásia (US$ 51,8 bilhões) e nas ditas economias desenvolvidas (US$ 46,9 bilhões): na Ásia pela grande quantidade de vítimas e nas economias desenvolvidas pelo grande lucro por vítima. Esse valor total seria repartido segundo o gráfico abaixo:Salvar

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