Justiça climática e COP30: argumentos para o debate com a sociedade
Agosto se iniciou e junto com ele aconteceu, nesta sexta-feira, o debate sobre justiça climática que integra o conjunto de temas discutidos na série A Realidade Brasileira e os Desafios do PT.
O presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, abriu os trabalhos desta manhã em Brasília apresentando a diretoria da FPA e da Escola Nacional de Formação, e todas as atividades e produtos pensados e apresentados para “ajudar o nosso partido e nossa militância”.
“Temos procurado fazer com que nosso partido tenha condições de ter mais conhecimento sobre a realidade do Brasil e do mundo. Para fazer política temos que convencer as pessoas. Quem quer fazer política, toda semana, tem que convencer alguém das nossas ideias. Se conseguimos explicar, estamos fazendo política”, falou, além de reafirmar a importância do conhecimento e da formação política para que possamos articular os temas.
“Quero que vocês cobrem e demandem mais a Fundação. E junto ao diretório, mais formação e capacitação. A direita forma seus quadros, nós temos que fazer o mesmo” finalizou.
O debate sobre justiça climática contou com as apresentações de dois conselheiros da FPA: Esther Bemerguy, economista e vice-presidente do Conselho Editorial do Senado. Também foi secretária do CDES entre 2004 e 2011; e Pedro Silva Barros, pesquisador do Ipea, professor do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores e doutor em integração da América Latina pela USP. Foi diretor de assuntos econômicos da Unasul.
A diretora Naiara Raiol, que tem representado os debates sobre a Amazônia pela FPA, fez a mediação deste debate. Para ela, são temas de grande importância seja pela realização da COP30 ou pela urgência das mudanças climáticas.
Em sua apresentação, Esther falou sobre a região amazônica precisar de espaço para se manifestar: “o impacto do tema na região, a dimensão da Amazônia e a importância dela para nosso país. Preciso valorizar os espaços que conquistamos dentro da FPA e no PT”.
Ela lembrou que o tema é vasto e amplo. “E no momento estamos muito próximos da COP e de eventos climáticos extremos. Temos que nos preocupar com isso. A sustentabilidade na Amazônia está relacionada à posse e gestão da terra. Precisamos ter a preocupação sobre o uso do solo na Amazônia se queremos sustentabilidade”. Veja aqui a apresentação de Pedro Silva Barros.
A realização da COP30 no Brasil, para Pedro Silva Barros, “é importante para a gente refletir sobre justiça climática e Amazônia, que é um dos objetivos do grupo de trabalho da FPA do qual sou coordenador”.
“Neste momento no qual o Brasil está no centro do mundo sintetiza que a nossa prioridade é integração regional. Não aceitamos as teses de internacionalização da Amazônia e a melhor maneira de repelir isso é estarmos integrados com Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Suriname: quando estamos menos integrados, estamos mais vulneráveis”, defendeu.
Pedro também falou sobre fortalecer o diálogo com a Amazônia para além dos marcos da COP30. Na atividade desta sexta-feira também foi distribuída a cartilha preparada pela coordenação do grupo temático que abordam os vários aspectos relacionados ao tema.
Para o vice-presidente da FPA, Brenno Almeida, “esse debate não termina nosso trabalho. É um tema estratégico e mostra que estamos fazendo trabalho política para materializar o centro do debate. As considerações feitas contemplam nosso compromisso político, de forma prática. O GT não se encerra hoje. Continuaremos a discussão. Nosso compromisso é político e está estabelecido. Estamos construindo o partido do presente e do futuro”.




