A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comemora 121 anos de história, de dedicação de seus trabalhadores e de compromisso com a ciência e com a saúde pública. História construída por desafios permanentes e superações, que fizeram da Fiocruz uma instituição de referência no mundo. A Fiocruz é a maior instituição de saúde pública da América Latina, contando com 26 unidades espalhadas em dez estados brasileiros.

A história da Fiocruz se confunde com a própria história da saúde pública no Brasil desde 1900. Uma atuação centenária em defesa da saúde da população na luta contra a peste bubônica, febre amarela, doença de chagas, tuberculose, HIV e tantas outras mazelas. Ao longo desses 121 anos não foram poucas as vezes em que a Fiocruz também teve que lidar com os ataques à democracia e à ciência.

Hoje continua enfrentando simultaneamente os problemas do século 20 e os desafios do século 21, tendo sido reconhecida como instituição de referência em Covid-19 para a América latina pela Organização Mundial da Saúde (OMS), graças ao seu protagonismo nas diferentes frentes de enfrentamento da pandemia, com destaque para: produção de vacina contra a Covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford e a empresa AstraZeneca; ações estratégicas de atenção e promoção da saúde, como a construção do Centro Hospitalar para a Pandemia Covid-19; participação em ensaio clínico mundial da OMS (Solidarity Trial) sobre os tratamentos empregados em dezoito hospitais de doze estados brasileiros para o tratamento da doença; constituição de unidades de apoio ao diagnóstico da Covid-19, e integração de dados sobre a pandemia, que através do Observatório Covid-19 desenvolve análises integradas sobre os cenários epidemiológicos, impactos sociais da pandemia e respostas realizadas pelos sistemas e serviços de saúde.

É lamentável que à época da celebração da Fiocruz na data em que comemora seus 121 anos, tenha que lidar com ataques à sua institucionalidade e ao seu trabalho. Setores obscurantistas que há tempos buscavam minar o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS), encontraram abrigo em um governo que despreza a ciência, sabota a saúde pública e promove a doença e a morte por irresponsabilidade, incompetência e omissão. Não é a primeira vez que fatos semelhantes ocorrem no Brasil, mas nunca se deu de forma tão explícita e com tão graves consequências. Nunca um governo praticou de forma tão explícita a covardia sanitária que hoje está em vigor.

A melhor forma de parabenizar a Fiocruz nesta data é demostrar nosso orgulho como brasileiros e brasileiras sabendo que construímos o maior sistema público de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) do qual a Fiocruz é um dos alicerces. Parabenizamos e nos solidarizamos com as trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz por manterem de forma dedicada, competente e generosa a boa tradição de desenvolvimento de ciência, tecnologia e ensino para o Brasil e para o mundo.

Viva o SUS e viva a Fiocruz.

Diretoria da Fundação Perseu Abramo

 

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