O Brasil não foi incluído na lista preliminar dos países que irão discursar na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que será iniciada no dia 23 de setembro, em Nova York.

A seleção preliminar das nações com espaço de fala na Cúpula do Clima foi tomada com base nas informações enviadas pelos países sobre compromissos climáticos para o futuro. Tiveram o direito de discursar os países com atitudes inovadoras sobre a conservação do meio ambiente a partir de programas e metas a serem perseguidas.

Não há dúvidas de que o governo Bolsonaro apareça no centro das discussões sobre preservação ambiental, uma vez que a política brasileira foi encarada com preocupação ao redor do mundo, noticiada na imprensa internacional e despertou uma crise na recente gestão do governo federal. Apenas no mês de agosto deste ano, o Brasil sofreu um aumento de 222% do desmatamento e de 196% dos focos de incêndio na Amazônia brasileira em relação a agosto do ano anterior.

Os retrocessos do governo incluem o abrir mão dos recursos provenientes da Alemanha e da Noruega para o Fundo Amazônia, enfraquecendo todo o sistema de proteção das florestas brasileiras, bem como dos cortes orçamentários em instituições relevantes para conservação da floresta, tais como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ICMBio e o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

Caminhado da mesma maneira, muitas polêmicas envolveram a péssima gestão do governo a respeito do meio ambiente. Entre elas destacam-se a declaração do presidente Bolsonaro que atribuiu a responsabilidade das queimadas às ONGs ambientalistas sem apresentar nenhuma evidência a respeito, o descrédito em relação à teoria de mudanças climáticas, além de o governo pretender trocar um serviço público exitoso prestado pelo Inpe para mensurar o desmatamento por um serviço privado sem comprovação de qualidade.

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