A eleição para a mesa diretora do Senado foi marcada por tumulto, bate-boca e fraude. O processo iniciado na sexta-feira foi encerrado na noite de sábado, 2 de fevereiro, com a eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência da Casa. A candidatura vitoriosa com 42 votos foi articulada pelo ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni.

Em sessão conturbada, na sexta-feira, os senadores decidiram que a votação para o comando da Casa seria aberta e que ocorreria no dia seguinte às 11 horas. Na madrugada de sábado, o presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli anula a decisão dos senadores e determina que o voto seja secreto sob a alegação de que o plenário do Senado operou uma “metamorfose casuística” do regimento interno.

Reiniciado o processo, Alvaro Dias (Pode-PR), Major Olímpio (PSL-SP) e Simone Tebet (MDB-MS) retiram suas candidaturas em apoio a Alcolumbre. Assim, permanecem na disputa, Renan Calheiros (MDB-AL), Alcolumbre (DEM-AP), Fernando Collor (Pros-AL), Reguffe (sem partido-DF), Angelo Coronel (PSD-BA) e Esperidião Amin (PP-SC). Encerrada a votação e apuração dos votos, constata-se que na urna havia 82 votos – detalhe, o Senado é composto por 81 senadores – e anula-se a votação.

Em meio ao caos, se inicia mais uma votação. Após a manifestação de alguns senadores de abrir o voto, mostrando a cédula, Renan retira sua candidatura à presidência da Casa. Especula-se que a decisão teria sido tomada após a bancada do PSDB abrir o voto, pois Renan contava com o apoio dos tucanos, além da declaração de voto de Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) em Alcolumbre.

Resultado final da eleição: Alcolumbre, 42 votos; Amin, 13; Coronel Angelo, 8; Reguffe, 6; Renan, 5; Collor, 3.

 

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