Flavio Bolsonaro, senador eleito pelo Rio de Janeiro e filho do presidente da República, nomeou em seu gabinete, quando era deputado estadual, familiares de milicianos presos acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, mortos em março de 2018. O miliciano era um dos líderes do grupo Escritório do Crime, que controla a comunidade de Rio das Pedras. Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio, se escondeu nessa mesma comunidade após sofrer as primeiras denúncias do Coaf.

De acordo com o jornalista Ancelmo Góis, d’O Globo, a família de Queiroz é dona de vans que fazem transporte irregular em Rio das Pedras. Em comunidades dominadas pela milícia ou pelo tráfico, estes grupos controlam serviços como gás, luz, TV por assinatura não autorizada (ou “gato”) e transporte irregular. O miliciano preso, Adriano Magalhães da Nóbrega (conhecido como Gordinho), teve sua mãe e sua mulher nomeadas no gabinete de Flávio Bolsonaro. Em 2004, o então deputado estadual propôs “menção de louvor e congratulações” a Adriano e a Ronald, outro miliciano preso na operação, por participação em uma chacina. A mãe de Adriano também foi mencionada pelo COAF como responsável por parte dos depósitos feitos na conta de Queiroz.

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