Disputa de siglas embaralha cenário eleitoral e fortalece Lula
Henrique Meirelles tem sido cotado pelo PSD para assumir a frente das disputas eleitorais para a presidência da República pelo partido. Assim como ele, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também demonstra sinais de que pode vir a disputar as próximas eleições presidenciais, muito embora, declaradamente, deva disputar a reeleição para a presidência da Câmara. O PSDB já definiu o nome de Geraldo Alckmin para a disputa.
Estimulado pelo índice oficial da inflação de 2017, anunciado ontem (10-01), de 2,95%, porém superior ao índice aplicado ao reajuste do salário mínimo (1,81%), Temer reagiu dizendo que “as pessoas vão querer a continuidade, a manutenção do nosso programa de governo, que está recuperando a economia e a tranquilidade. Ninguém quer aventura”. E afirmou que prefere que Meirelles permaneça no Ministério da Fazenda em vez de disputar presidência.
Se a candidaturas de Meirelles e Maia forem confirmadas por seus respectivos partidos, resta saber se o MDB vai manter candidatura própria ou atuar como coadjuvante de outra sigla. Temer afirmou que o governo só vai se preocupar com a sucessão presidencial após a votação da reforma da Previdência no Congresso.
Perante o mesmo cenário, o PSDB considera demais três candidaturas do mesmo campo (centro), mas já estuda compor aliança com os partidos médios, como PR, PSB, PTB, PPS, PV e Solidariedade, evitando uma candidatura isolada e garantindo mais tempo de exposição no horário eleitoral.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se aproximado da antiga equipe econômica do governo Lula e do marqueteiro Fernando Barros, um dos responsáveis pelas campanhas presidenciais de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994 e 1998, e do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (DEM),
Fora da disputa pelo centro, os votos do campo da direita, que até então convergiam para Jair Bolsonaro (RJ), podem ficar ameaçados com a escolha do PSC para abrigar sua candidatura, frustrando o PEN-Patriotas que já havia disponibilizado a legenda para o candidato e era a preferida até a semana passada. O PSL também disputava a candidatura de Bolsonaro e se sentiu traído pela escolha do candidato por outra sigla, muito embora parte do partido ainda não estivesse convencido. Também disputam o campo da direita partidos como o Livres, Novo, Rede e PPS. A liderança absoluta nas pesquisas é de Lula, do PT, que tem mais de 35% das intenções de voto.
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