Acesso à internet entre crianças e jovens cria novos desafios
Jovens e crianças do mundo têm mais acesso à internet que adultos e cada vez mais cedo. Essa é uma das constatações do Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) The State of the World’s Children 2017, lançado nesta semana, que trata do acesso que crianças e adolescentes tem à tecnologia digital.
As principais mensagens do documento são:
Jovens (de 15 a 24 anos) são a faixa etária mais conectada no mundo: 71% dos jovens tem acesso à internet, contra 48% da população total.
Crianças e adolescentes com menos de 18 anos correspondem a uma em cada três pessoas conectadas à internet no mundo.
Pesquisas mostram que as crianças têm acesso à internet cada vez mais cedo: em alguns países, crianças abaixo de 15 anos de idade têm a mesma probabilidade de usar a internet que adultos de mais de 25 anos.
Smartphones estão alimentando uma “cultura do quarto”, com o acesso online para muitas crianças sendo cada vez mais pessoal, mais privado e com menos supervisão.
Segundo o documento, a exclusão social se manifesta também no grau de acesso à internet: 346 milhões de jovens (ou 29% dos jovens no mundo) não estão conectados à internet no mundo, e três em cada cinco jovens da África estão off-line, enquanto essa razão é de um a cada 25 na Europa.
Também existe uma desigualdade de gênero no acesso à internet: entre os usuários da internet, o número de homens é 12% maior que o número de mulheres. O documento ainda discute que crianças que somente têm acesso à internet por celulares (e não com computadores) não aproveitam todo o potencial da rede, e aqueles que não têm habilidades digitais ou falam línguas minoritárias com frequência não conseguem achar conteúdo relevante online.
O documento também chama atenção para o fato de que as tecnologias digitais tornam as crianças mais expostas (e em maior grau as provenientes de famílias vulneráveis) a bullying, venda de dados pessoais para fins de marketing e exploração sexual. Quanto ao último, segundo o documento, 92% dos sites ligados a abuso sexual infantil no mundo estão hospedados em somente cinco países: Holanda, EUA, Canadá, França e Rússia.
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