JANEIRO/FEVEREIRO DE 2017 | ANO 02 – EDIÇÃO 11
Boletim mensal de análise de conjuntura 11

Os governos Lula e Dilma foram exitosos na utilização dos bancos públicos como instituições vocacionadas para suprir os gargalos de financiamento de longo prazo, mecanismos de expansão da bancarização para as camadas populares, instrumentos de dinamização do ciclo creditício, ferramentas para a realização de políticas anticíclicas e dispositivos para o fortalecimento de políticas distributivas. Entretanto, todas essas diretrizes foram afrontadas pelo governo Temer a partir de 2016 e nesse início de ano em 2017. Leia mais

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Nesta seção, abordamos o início do governo Trump nos EUA e a disputa eleitoral na França, que colocam em evidência o avanço das ideias de extrema-direita xenofóbicas entre as forças conservadoras do Norte desenvolvido. Nos EUA, ganharam destaque as medidas tomadas pelo governo contra o ingresso de pessoas com nacionalidade de sete países de maioria muçulmana junto com a campanha de ataques aos mexicanos, além do anúncio da construção de um muro. Leia mais

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Nesta seção, abordaremos a morte de Teori Zavascki e seus desdobramentos, a indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF), além dos novos ministros anunciados pelo governo Temer, incluindo a polêmica nomeação de Moreira Franco. Detalharemos também os novos trechos revelados pelo inquérito instaurado pela Procuradoria Geral da República contra Renan Calheiros, José Sarney, Romero Jucá e Sérgio Machado, referente às gravações vazadas no ano passado, que demonstram a articulação pelo golpe. Leia mais

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O mercado de trabalho continua em deterioração, como mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) e análise da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com o crescimento do desemprego no Brasil, assim como nos anos 1990, cresce a imposição da flexibilização do trabalho – eufemismo para perda de direitos – como forma de resolver o problema e fazer o país voltar a crescer. Essa é a inspiração da Reforma Trabalhista do governo ilegítimo, que, no entanto pode cortar mais demanda e mais empregos, impedindo a retomada do crescimento. É pauta também do debate público a Reforma da Previdência, que, como colocada pelo governo golpista, arrisca o direito dos trabalhadores brasileiros. Leia mais

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Analisamos nesta edição ‘nível de atividade’, ‘comércio exterior’, ‘politica monetária e inflação’ e ‘indústria’. Tal como nos boletins anteriores, foram considerados os dados mais atualizados divulgados por instituições oficiais de acompanhamento da atividade econômica. Destacamos aqui dados oriundos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Banco Central do Brasil (BCB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De forma geral, as informações mostram uma perspectiva ainda nebulosa sobre a recuperação da economia. Dados do nível de atividade, disponíveis até novembro de 2016, não revelam uma trajetória clara. Os de comércio exterior, até janeiro de 2017, revelam que o superávit da balança comercial é fruto da forte retração das importações e da recessão, além de uma clara dependência do setor de commodities. Para o mesmo mês, no que tange à inflação e à politica monetária, a desaceleração do aumento dos preços aufere um maior relaxamento da política monetária, e, logo, maior cooperação do Banco Central para retomada da economia. Quanto à indústria, dados disponíveis até dezembro de 2016 mostram que a despeito da forte queda da produção industrial no ano, em dezembro se registrou uma significativa expansão. Cabe esperar para ver se irá consolidar-se a tendência ou se foi apenas um alento. Leia mais

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Esta seção tratará do mercado de trabalho informal, que incorpora um conjunto heterogêneo de trabalhadores. Hoje o país conta com 33,6 milhões de pessoas nestas condições, que recebem quase a metade dos ganhos do trabalhador formal. Fazem parte desse segmento principalmente jovens e idosos, a população negra, os menos escolarizados e atuantes das atividades de agricultura, comércio, serviços domésticos e construção civil. As regiões proporcionalmente mais atingidas, Norte e Nordeste, com mais da metade de seus trabalhadores nessa condição, demonstram mais dificuldade de inserção não precarizada em seu mercado. O tema será abordado neste e no próximo boletim. Leia mais

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Esta seção analisa como a indicação do ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi recebida nas redes sociais. Na mídia impressa nacional, observa-se que os grandes grupos tentam blindar o governo Temer com a tese de que o pior já passou e que o país finalmente sairá da recessão, ainda que lentamente. Já o noticiário político continua a corroborar o desgaste do governo com críticas à nomeação do ministro Moreira Franco, citado em delações da Odebrecht, e a indicação de Moraes para o Supremo. Na imprensa estrangeira, a violência foi o principal tema tratado pelos grandes jornais, com menções à crise instaurada nos presídios e a crise nos estados, em particular no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Leia mais
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