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Domicílios no Brasil: pesquisa mostra novos dados

Estudo do IBGE mostra características dos domicílios urbanos no Brasil, tais como o adensamento domiciliar, a distribuição dos domicílios por classes de rendimento, a condição de ocupação, o saneamento adequado e o ônus excessivo com aluguéis. Destacamos do estudo que, quanto aos domicílios particulares permanentes urbanos:

  • o número total de domicílios vem se expandindo em ritmo superior (25,1% de 2004 a 2013) ao crescimento da população (9,8%). Esse processo impacta a necessidade de expansão da oferta de habitações com acesso a serviços básicos e é influenciado por mudanças demográficas da população e fatores econômicos.
  • a distribuição percentual dos domicílios por classes de rendimento médio mensal domiciliar per capita, medido em salários mínimos, manteve o mesmo padrão de anos anteriores com pequenas variações.
  • houve estabilidade na proporção de domicílios próprios e elevação da parcela dos domicílios alugados (de 17,8% dos domicílios em 2004 para 20,3% em 2013) e tendência de redução dos domicílios cedidos (de 8,6% em 2004 para 6% em 2013).
  • 70,6% dos domicílios em 2013 tinham acesso ao saneamento adequado (domicílios com abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede coletora diretamente ou via fossa séptica ligada à rede e coleta de lixo), mas com grandes diferenças regionais.
  • o valor do aluguel mensal do domicílio corresponde a mais de 30% da renda mensal dos moradores em 25,7% dos domicílios urbanos alugados ou 5,2% dos domicílios no Brasil, o que pode indicar vulnerabilidade. As variações por UF e Regiões Metropolitanas estão no gráfico:

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Os resultados do estudo indicam alguns dos desafios que se colocam no novo mandato da presidenta Dilma para garantir o direito à moradia, especialmente na busca pela ampliação da quantidade de moradias no país, a fim de combater o déficit habitacional no país e livrar as famílias do excesso de comprometimento da renda familiar com aluguel. Também é importante ampliar o acesso ao saneamento básico adequado, com enfoque nas regiões mais carentes, a fim de diminuir as disparidades regionais.

Para ler mais:

Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira
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Análise: Ana Luíza Matos de Oliveira, economista