Governos de Esquerda: Seminário destaca meio ambiente e redução das desigualdades
Na tarde de seu terceiro e último dia, o seminário "Governos de esquerda e progressistas na América Latina e no Caribe" promoveu mais dois painéis. O primeiro tratou de políticas econômicas e desenvolvimento sustentável, e o segundo destacou as políticas sociais e a redução das desigualdades.
Na tarde de seu terceiro e último dia, o seminário "Governos de esquerda e progressistas na América Latina e no Caribe" promoveu mais dois painéis. O primeiro tratou de políticas econômicas e desenvolvimento sustentável, e o segundo destacou as políticas sociais e a redução das desigualdades.
No primeiro tema, Doris Pizarro, da direção nacional do Movimento Independentista Hostosiano de Porto Rico, falou sobre a necessidade de se criarem modelos de desenvolvimento sustentável nos governos progressistas da região. Segundo Doris, “historicamente os poderosos saqueiam as riquezas naturais, usando os recursos apenas para si. É preciso criar um novo paradigma para o desenvolvimento sustentável resgatando o planeta para as gerações futuras”.
O assessor especial da ministra do Meio Ambiente do Brasil, Luiz Antônio de Carvalho, reforçou a necessidade de os governos da América Latina e do Caribe cuidarem mais de seus recursos naturais. Segundo Luiz, a região “detém metade da biodiversidade do planeta, 27% da água doce e ¼ das florestas mundiais”.
Segundo Luiz Antônio de Carvalho, “é preciso regulamentar a exploração dos recursos naturais, de forma que se torne fonte de riqueza para a população, combinando erradicação da miséria com desenvolvimento econômico”.
Políticas sociais e direitos universais
Na segunda mesa, a ministra do Desenvolvimento Social do Uruguai, Ana Vignoli, destacou que é preciso recuperar os setores excluídos e promover políticas sociais, porém deixando claro que apenas isso não acabará com a pobreza. Para a ministra, “a origem da desigualdade está no sistema, e é isso que nós queremos mudar, caminhar para o socialismo e acabar com as diferenças. Desenvolver a sociedade socialista é o nosso objetivo”.
Ana Vignoli ainda lançou três desafios para os participantes do seminário como metas para dar fim à pobreza na região: “manter os governos de esquerda e progressistas, ampliar as mudanças e eleger novos governos”. Disse ainda que é preciso avançar no sentido de acabar com a dependência da América Latina, principalmente dos EUA, e por fim fez um chamado pela paz afirmando que “a guerra serve somente para os EUA esmagarem os povos”.
O seminário também contou com a primeira dama de El Salvador, Vanda Pignato, que é casada com Mauricio Funes. Vanda, que é brasileira, atualmente ocupa o cargo de Secretária de Inclusão Social. Ela destacou os diversos problemas de El Salvador, que ainda sofre com a dependência econômica e os vínculos sociais com os EUA. Segundo a primeira dama, o país tem 50% do seu fluxo comercial com os norte-americanos e o envio de dinheiro dos salvadorenhos que moram nos EUA representa 18% do PIB do país. Além disso, o país foi seriamente atingido pelos efeitos da crise econômica nos EUA.
Por último, o deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Henry Mogollón, declarou que a “Venezuela e a América Latina passam por um momento histórico”. Afirmou ainda que, em seu país, com a nova constituição democrática, o poder é transferido para seu povo e o Estado é o responsável pelas políticas públicas, destacando os avanços sociais, principalmente nas áreas da educação e da saúde. Mogollón encerrou seu discurso com o lema por diversas vezes repetido pelo presidente venezuelano Hugo Chávez: “Pátria, Socialismo ou morte”.
Do Rio de Janeiro.
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