Em plena pandemia da covid-19, a Fundação Perseu Abramo assumiu o desafio de publicar uma revista que fizesse o contraponto entre o pensamento da esquerda progressista e os arautos do caos: a extrema-direita e seus sequazes, e os defensores da “mão invisível do mercado”, o neoliberalismo.

Enveredar pela criação de um veículo semanal em formato digital e contando com uma equipe enxuta, porém extremamente consciente do papel a desempenhar, não foi uma tarefa fácil, porém perseveramos e conseguimos.

Chegar ao número 100 nos dá a certeza de que estávamos no caminho certo.

Vinculada a uma fundação do Partido dos Trabalhadores – um dos maiores partido de esquerda do mundo – a revista sempre teve como linha mestra as resoluções e o ideário petista. Lutar contra as desigualdades sociais e seus subprodutos: a miséria, o racismo, a misoginia, o capacitismo e a lgbtfobia.

Disputar narrativas em um ambiente dominado por um lado, pela proliferação de notícias falsas, e de outro, pela tentativa da mídia empresarial de impor o pensamento único, é uma ousadia para poucos.

Recepcionada pela militância do PT, a Focus Brasil tem contribuído modestamente com análises e posicionamentos que rompem com a mistificação do senso comum midiático e encara de frente os dilemas da política brasileira. É um veículo aberto aos progressistas e principalmente àqueles que, vinculados ao PT, tem seu espaço de interlocução brecado pelo maistream midiático.

Nosso desafio permanente é buscar uma linguagem acessível às nossas bases populares, que possa de alguma maneira municiá-las com um cardápio semanal de notícias. O objetivo é contribuir para o enfrentamento da proliferação de fake news e o enredo comum da imposição de pautas pelo “mercado”.

Seguiremos no trabalho de enfrentar o negacionismo, o neoliberalismo e a imposição mandonista brasileira. Não nos acanharemos em denunciar o servilismo das “penas de aluguel”, o uso e abuso das instituições da República em detrimento do interesse público cujo epicentro foi a malfadada operação Lava Jato. Ou o garrote imposto pelo Banco Central e sua escorchante política de juros estratosféricos, que inibem o crescimento econômico e fazem a alegria do rentismo.

Somos e continuaremos sendo uma voz daqueles que não têm voz.  Esse desígnio não é um mero posicionamento. É uma missão. Que venham outras 100 edições! •

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