Brasil dá adeus a D. Cláudio Hummes
Lula lamenta a morte do cardeal e lembra seu papel como defensor dos humildes, dos índios e dos pobres. “Foi um seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo”, disse. Papa Francisco lembrou dos conselhos do amigo
O Brasil perdeu um dos seus mais influentes líderes religiosos na última semana. Na segunda-feira, 4, morreu em São Paulo, aos 87 anos, o cardeal dom Cláudio Hummes, vítima de um câncer no pulmão. Nas redes sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do líder religioso, a quem considerava amigo e um grande sacerdote. “Foi um seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo. Descanse na paz do Senhor”, disse. Ele esteve no velório do arcebispo emérito de São Paulo, na Catedral da Sé.
O papa Francisco lamentou a morte do cardeal brasileiro Cláudio Hummes, lembrando da relação de amizade e do conselho dado pelo arcebispo emérito de São Paulo durante o conclave que o fez líder da Igreja Católica em 2013. Ele enviou telegrama ao arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
“Trago sempre vivas na memória as palavras que dom Cláudio me disse no dia 13 de março de 2013, pedindo-me que não me esquecesse dos pobres. Como penhor de consolação e de esperança na vida eterna, envio a vossa eminência e a todos que se unem em oração para as exéquias do cardeal Hummes, a bênção apostólica”, escreveu.
Dom Cláudio Hummes foi bispo diocesano de Santo André (SP), e arcebispo de Fortaleza e de São Paulo. Ele tinha doutorado em filosofia, com especialização em ecumenismo no Bossey Institute em Genebra. Ainda atuou como professor, teólogo, reitor e bispo.
Hummes ocupou a função de presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e da recém-criada Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA). Ele dedicou boa parte de sua vida à causa da população em situação de vulnerabilidade, como operários e os pobres. Ele trabalhou no Vaticano entre 2006 e 2011, ao lado do papa Bento 16, como prefeito da Congregação para o Clero. •