A viagem por 6 estados do Nordeste que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia neste domingo, dia 15, por Pernambuco, passando também pelo Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, está dentro do esforço de não apenas resistir ao projeto de destruição do Brasil conduzido pelo autal (des)governo, mas também de iniciar um amplo diálogo nacional para o Brasil recuperar sua democracia, a inclusão social, a educação, a ciência e a cultura: enfim para recuperarmos nosso futuro.

Um esforço que ganhou impulso com a vitória primeiro da sua liberdade, depois a recuperação dos seus direitos políticos e o reconhecimento de que Sérgio Moro não foi um juiz imparcial e os evidentes interesses políticos em tirar Lula da eleição de 2018, o que abriu caminho para a aberrante eleição de Jair Bolsonaro. Até a recuperação dos direitos de Lula, Bolsonaro não se sentia ameaçado na sua reeleição, aproveitando-se da fragmentação da oposição contra ele.

A destruição do país como projeto de Bolsonaro não é uma teoria, mas assumido pelo próprio em emblemático jantar na embaixada brasileria em Washington, em homenagem ao propagandista do ódio e da extrema-direita Olavo de Carvalho, em 17 de março de 2019. Nele, Bolsonaro se dizia feliz se seu governo servisse para “desfazer” e desconstruir” muita coisa.

O governo atual não consegue ser explicado, entendido ou discutido pelos padrões da democracia: quem fez a melhor gestão, quem melhorou mais a vida do povo. Ele só consegue ser compreendido como um governo neoocolonial, de saque do nosso país, da destruição da nossa soberania e união, da promoção do bangue bangue e da lei do mais forte como se fosse política de segurança pública, da destruição dos direitos dos trabalhadores como política econômica, do fim das empresas estatais, instituições científicas, universidades e ferramentas de desenvolvimento construídas ao longo de décadas por governos distintos.

Não é a toa que esse é o governo dos desastres e incêndios. No Pantanal, na Amazônia, e na Cinemateca Brasileira, o país pega fogo sem nenhuma preocupação do seu mandatário.

A pandemia escancarou ainda mais o desprezo de Bolsonaro pelos brasileiros e pelo país. O Brasil é hoje o segundo com mais mortes por covid19 no mundo, e o quinto com mais mortes por milhão de habitantes. Bolsonaro, ao longo de todo esse período, sempre estimulou, inclusive entre seus apoiadores, que assumissem comportamentos de risco para sua saúde.  Não teve nenhuma urgência para comprar a vacina e promoveu tratamentos ineficazes.

Diante desse cenário de terror imposto por Bolsonaro, o país ter uma alternativa de esperança, testada e comprovada, é o que mais assusta o genocida.

O Nordeste, região que se transformou nos governos do PT de região mais pobre para região com maior crescimento do país, sabe que o Brasil pode muito mais do que a tristeza, morte, fome, e desalento que o país tem vivido desde 2016.  Que o país não ganha nada com um governo federal em guerra ideológica permanente contra governadores e prefeitos.

Que podemos corrigir o desvio de rota que o país entrou com o golpe de 2016 e voltarmos a ter o futuro que estávamos construindo: o de um país de todos.

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