Na semana em que a Câmara dos Deputados enterrou a PEC do Voto Impresso -uma aberração que tantos males trouxe para a nossa democracia- o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, foi aos Estados Unidos para se encontrar com o ex-presidente Donald Trump. Na oportunidade, disse o zero 3: “Estamos juntos em convergência de ideais e hoje pude trocar experiências com o presidente Trump sobre o Brasil e EUA. Aproveitei para convidá-lo para ir ao nosso país quando entender conveniente, quem sabe num CPAC-Brasil,” afirmou.

Na terça-feira, 10, o zero 3 participou de um evento nos EUA com a presença do estrategista do trumpismo e “mago” das fake news, Steve Bannon. O evento realizado no Estado de Dakota do Sul, uma das cidadelas do “supremacismo branco” e reduto da direita republicana, foi organizado pelo empresário Mike Lindell, considerado um dos principais divulgadores e financiadores das teorias conspiratórias sobre as eleições americanas de 2020.  As mesmas fakes news que foram o combustível da invasão do Capitólio-sede do Congresso dos EUA.

No encontro de Dakota, Steve Bannon, que recentemente foi preso por fraude, nos EUA, sendo liberado mediante pagamento de fiança, atacou o ex-presidente Lula chamando-o de “maior líder da esquerda globalista no mundo e que sua liberdade trará grande perturbação ao país”.

Note-se que a articulação montada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, apelidada por aqui de “Operação Capitólio”, está à pleno vapor. Ao mirar no processo eleitoral de 2022 e em Lula, está dada a senha para conturbar o ambiente brasileiro. Cabe às forças democráticas barrá-lo.

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