Um resumo do que aconteceu no mundo na última semana

França: Parlamento derruba primeiro ministro de Macron

A semana no mundo - 3 a 10 de dezembro
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Foram votadas e aprovadas na última quarta-feira, 4/12, moções contra o governo do ex-primeiro-ministro francês, Michel Barnier, que apresentou sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron. Ele estava no cargo desde setembro e sua escolha recebeu críticas dos principais grupos parlamentares da Assembleia Nacional Francesa.

O gatilho para seu fracasso foi o orçamento para 2025, que incluía medidas de austeridade consideradas excessivas, especialmente cortes na seguridade social, mas que Barnier considerava serem necessárias para estabilizar as finanças da França. O país ainda não tem orçamento para o próximo período em um momento de crise econômica e acumula uma dívida de € 3,228 trilhões, representando 112% do PIB.

Após receber a renúncia, Macron declarou que nomearia um novo primeiro-ministro brevemente. Na sexta-feira, ele começou a realizar conversas com políticos da esquerda e direita, incluindo líderes socialistas moderados, fundamentais para formar um governo mais estável.

Desde 1962 um voto de desconfiança não era bem sucedido no parlamento. O último a ser aprovado promoveu a derrota do governo de Georges Pompidou, quando Charles de Gaulle era o presidente.

Catedral de Notre Dame reabre ao público com presença de celebridades e autoridades mundiais

A semana no mundo - 3 a 10 de dezembro
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Um dos mais conhecidos e amados monumentos parisiense, a Catedral de Notre Dame, que foi parcialmente incendiada em 2019, foi restaurada e reaberta em Paris. A reforma de restauração durou cinco anos. A catedral recebeu os fiéis em sua primeira missa no sábado, 7/12. 

A reconstrução custou cerca de € 700 milhões (R$ 4,453 bilhões), financiada por doações de aproximadamente 150 países, entre eles os Estados Unidos e a Arábia Saudita. O presidente francês comemorou o feito e agradeceu aos milhares de operários que trabalharam na restauração, concluindo o trabalho dentro dos prometidos cinco anos.

A missa de reininaugurção foi presidida pelo arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, com a presença de 150 bispos e mais de 100 padres da capital, além do presidente francês Emmanuel Macron, Donald Trump, Príncipe William, do Reino Unido e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.

Com informações da Al Jazeera

Bruxelas: Novo presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, pede integração à Órgão Interinstitucional de Normas de Ética

A semana no mundo - 3 a 10 de dezembro
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O português Antonio Costa tomou posse na última semana como presidente do Conselho Europeu e tornou-se o primeiro socialista a ocupar o cargo. Em sua primeira semana de atividade ele apresentou uma proposta para que sua presidência e a instituição sejam escrutinadas pelo Órgão Interinstitucional de Ética da UE. A informação é do site de notícias Político. 

O Acordo de criação do organismo independente para “reforçar a confiança nas instituições da União e a sua legitimidade democrática e a fomentar uma cultura institucional baseada nas mais elevadas normas éticas” foi firmado em abril de 2024. Na ocasião o CE não aderiu.

O Conselho reúne chefes de governo e de estado da União Europeia (UE) e define as orientações e prioridades políticas comuns. “É minha firme convicção que, para manter a confiança que os cidadãos depositam nas instituições que os servem, estas instituições devem ser exemplares. Para defender os princípios da transparência e os mais elevados padrões éticos, tenciono, por conseguinte, que o Conselho Europeu se junte às outras instituições da UE no Órgão Interinstitucional de Ética, de modo que este abranja minha atividade enquanto presidente do Conselho Europeu,” escreveu Antônio Costa em uma carta enviada aos chefes de governo e de estado da UE, divulgou o site.

EUA: TikTok perde recurso e tem data para encerrar suas atividades no país

A semana no mundo - 3 a 10 de dezembro
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O recurso do TikTok para derrubar a uma lei sancionada por Joe Biden em abril que exige que a companhia rompa laços com a empresa chinesa ByteDance foi indeferido pelo Tribunal de Apelações dos EUA, circuito do distrito de Columbia, na sexta-feira, 6/12. A ByteDance possui parte da empresa de mídia social, cuja sede fica em Bangladesh.

Os advogados pediam que o tribunal aceitasse o argumento de que a lei viola a Primeira Emenda da Constituição dos país, representando impacto na liberdade de expressão aos seus 170 milhões de usuários nos EUA.

No entanto, a validade foi mantida sob a afirmação de que a legislação “foi o culminar de uma ação extensa e bipartidária pelo Congresso”. Os representantes legais do TikTok afirmaram que apresentarão novo recurso ao Supremo Tribunal dos EUA, a mais alta autoridade legal do país.