Brasil, rumo ao pleno emprego
Zeca Dirceu
Em onze meses de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu colocar o Brasil no rumo certo, com melhoria da qualidade de vida da população e início da construção de um caminho para um futuro melhor a todos, em bases socialmente justas e ambientalmente sustentáveis. O país segue firme para se tornar, de novo, a sexta maior economia mundial, e o índice de geração de empregos ao longo de 2023 confirma essa tendência.
Os dados divulgados pelo IBGE em 30 de novembro revelam que a taxa de desemprego fechou em 7,6% no trimestre encerrado em outubro, menor índice desde o trimestre terminado em fevereiro de 2015. Ou seja, o total de brasileiros com emprego bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012: pela primeira vez, a população ocupada no Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas, fechando o período de agosto a outubro em 100,2 milhões. Só de pessoas empregadas, o Brasil tem mais gente do que as populações totais da Itália e do Canadá somadas.
A expectativa é de que neste fim de ano as coisas melhorem ainda mais, com o índice de desemprego continuando a cair. O aumento do número de empregos no país é resultado do trabalho diuturno do governo Lula para recuperar a economia e tirar o Brasil do cenário de terra arrasada deixada pelo governo bolsonarista.
Os avanços já obtidos mostram um quadro marcadamente diferente se comparado com os desastrosos quatro anos do governo anterior, cuja lógica era a das fake news, do negacionismo, do estímulo à violência, do privilégio ao grande capital e da insensibilidade à dramática situação de milhões de brasileiros com fome e desempregados. Hoje, o IBGE mostra que superamos aquele quadro dantesco, embora haja ainda muita coisa a ser feita.
Se compararmos com os períodos anteriores, fica evidente que a economia continua apresentando melhoras neste fim de ano, com os indicadores superando largamente os do ano passado, quando o país estava ainda sob o jugo de uma cartilha neoliberal.
Além da menor taxa de desemprego, o Brasil chegou ao menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre encerrado em abril de 2015. Em relação ao trimestre anterior, são 261 mil desocupados a menos. Comparado ao mesmo período de 2022, o recuo é de 8,5%, ou 763 mil trabalhadores. No trimestre, houve crescimento de 0,9% na população ocupada.
Importante destacar que o IBGE também assinalou que o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (sem contar os trabalhadores domésticos) chegou a 37,6 milhões de trabalhadores, o maior contingente desde junho de 2014. É um aumento de 1,7%, ou 620 mil pessoas a mais com carteira assinada, em relação ao trimestre anterior. No trimestre encerrado em outubro, houve aumento de 992 mil empregados com carteira a mais do que havia no ano passado. Um enorme contingente com todos os direitos trabalhistas assegurados.
Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 295,7 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 2,6% frente ao trimestre anterior, e cresceu 4,7% na comparação anual.
Com apoio da Bancada do PT no Congresso, o governo continua empenhado em melhorar os indicadores econômicos e sociais. Uma ação estratégica é o novo Plano Plurianual (PPA) para os anos de 2024 a 2027, o qual retoma o planejamento no Brasil, desta vez com inédita participação da sociedade na formulação das prioridades orçamentárias para os próximos quatro anos. O PPA vai buscar a redução de, pelo menos, 20% da taxa de extrema pobreza, 19% da emissão de gases de efeito estufa, 75% do desmatamento e de 0,8% na diferença entre a renda dos mais ricos e os 40% mais pobres. Buscará também a elevação de, em média, 2,5% no PIB per capita e, entre 1,7 e 1,9% no rendimento domiciliar per capita nas grandes regiões. A previsão de investimentos, públicos e não públicos, é recorde: 13,3 trilhões de reais.
É a concretização de um projeto que busca para a população mais qualidade de vida, dignidade e esperança de dias melhores.
Deputado federal pelo Paraná e líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados