1° de dezembro de 1944 – Teatro Experimental do Negro estreia

A semana na história -   01 a 07 de dezembro

O grupo, que busca atores nas camadas pobres, visa conscientizar e alfabetizar

O Teatro do Estudante do Brasil abre espaço para a apresentação da primeira peça do Teatro Experimental do Negro (TEN), que apresenta a peça “Palmares”, de Stella Leonardos.

A companhia teatral fundada por Abdias do Nascimento buscava a conscientização e também a alfabetização do elenco, recrutado entre operários, empregadas domésticas, favelados sem profissão definida e modestos funcionários públicos. Além disso, o TEN procurava estimular a criação de textos relacionados à situação do negro.

Em maio de 1945, encenariam o espetáculo “O Imperador Jones”, de Eugene O’Neill, que cedeu os direitos gratuitamente ao grupo. O espetáculo, dirigido por Abdias do Nascimento, apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi bastante elogiado pela crítica e público.

A semana na história -   01 a 07 de dezembro
Brasília-DF, 06/06/2011. Presidenta Dilma Rousseff durante Cerimônia oficial de chegada do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Foto: Roberto stuckert Filho/PR.

8 de novembro de 1960 – Venezuela reelege Hugo Chávez

Hugo Chávez é eleito presidente da Venezuela pela terceira vez, com 62,84% dos votos, à frente de Manuel Rosales, candidato da oposição, com 36,9%.

Chávez aprofundaria seu papel como uma das principais lideranças regionais da esquerda latino-americana, com destaque para a política externa de contraposição ao governo norte-americano e a resistência à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), proposta por Washington. Seus mandatos sofreriam forte oposição das elites, mas teriam amplo apoio popular, graças às políticas de distribuição de renda e redução da pobreza.

Hugo Chávez ainda seria reeleito para um quarto mandato em 2012, mas morreria já empossado, vítima de câncer, no dia 5 de março de 2013. O vice-presidente, Nicolás Maduro, foi eleito para substituí-lo.d

2 de dezembro de 1945 – Após 12 anos, país tem eleições livres

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Pela primeira vez depois de 12 anos, os brasileiros vão às urnas. Os eleitores — cidadãs e cidadãos maiores de 18 anos e alfabetizados — escolhem, além do presidente da República, também os deputados e senadores que elaborarão a nova Constituição. Pela primeira vez, as mulheres votam para presidente.

O país chegava às eleições presidenciais com dois militares disputando o cargo: pela oposicionista União Democrática Nacional (UDN), o brigadeiro Eduardo Gomes; e, pelo Partido Social Democrático (PSD), o general Eurico Gaspar Dutra, que havia sido ministro da Guerra de Vargas desde 1936 e deixara o cargo em agosto para se candidatar.

Dutra teve 52,39% dos votos, contra 34,74% do brigadeiro, que chegou a despontar como favorito no início da campanha. Iedo Fiúza, o candidato lançado à última hora pelo secretário-geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), Luís Carlos Prestes, recebeu 10% dos votos.

O perfil conservador da Constituinte se definiu pela enorme bancada do PSD (151 deputados e 24 senadores) e pelo significativo número de parlamentares da UDN (77 deputados e 11 senadores). O PTB elegeu 22 deputados e 1 senador (Getúlio). Já os comunistas elegeram 14 deputados federais e um senador — o próprio Prestes. A escolha dos parlamentares foi fundamental em 1945, já que eles elaborariam a Constituição, a quarta da história republicana do Brasil.

9 de novembro de 1964 – Ditadura joga a UNE e a UEES na ilegalidade

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e as entidades estudantis estaduais e municipais estiveram entre os primeiros alvos do golpe de abril de 1964. A sede da UNE na praia do Flamengo, no Rio, foi incendiada e seus dirigentes entraram na clandestinidade. A polícia política também perseguiu dirigentes das Uniões Estaduais de Estudantes (UEEs) e das uniões de secundaristas.

O novo ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda, propôs um projeto de lei para enquadrar a representação estudantil na nova ordem. Diretórios Acadêmicos, por curso, e Diretórios Centrais de Estudantes, por universidade, passariam a funcionar sob controle oficial, restringindo-se a assuntos acadêmicos e assistenciais. Para suceder a UNE, a lei previa um Diretório Nacional dos Estudantes, que deveria se reunir em Brasília somente nas férias e sob controle direto do MEC.

A Lei 4.464 foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo general presidente Castelo Branco em 9 de novembro. Conhecida como Lei Suplicy, ela significou para o movimento estudantil a revogação do livre direito de organização e manifestação – medida que já tinha atingido os trabalhadores com o banimento do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e a Lei Antigreve. 

11 de novembro de 1965 – Protesto leva ‘oito do Glória’ à prisão

Intelectuais promovem uma manifestação contra a ditadura em frente ao Hotel Glória, no Rio de Janeiro. No local, realizava-se uma conferência da Organização dos Estados Americanos (OEA) com a presença do general presidente Castelo Branco.

Foram presos e levados ao quartel da Polícia do Exército Antônio Callado, Carlos Heitor Cony, Thiago de Mello, Jaime de Azevedo Rodrigues, Flavio Rangel, Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade e Mário Carneiro.