Sinéad O’Connor, 56

A cantora irlandesa Sinéad O’Connor, uma das últimas grandes vozes do século 21, morreu na última quarta-feira, 26. Ela tinha 56 anos. A causa da morte não havia sido divulgada até o fechamento desta edição. Em um comunicado compartilhado com a RTÉ, emissora nacional da Irlanda, a família da cantora disse: “É com grande tristeza que anunciamos o falecimento da nossa amada Sinéad. Sua família e amigos estão devastados e solicitaram privacidade neste momento muito difícil”.

A aclamada artista de Dublin lançou 10 álbuns de estúdio, fazendo da música “Nothing Compares 2 U”, de autoria de Prince, apontada como o single número um do mundo em 1990 pela revista Billboard Music Awards. Ela recebeu o prêmio de “Álbum Clássico Irlandês”, da RTÉ Choice Music Awards, no início deste ano.

A cantora recebeu uma ovação de pé ao dedicar o prêmio obntido pelo disco “I Do Not Want What I Haven’t Got”, dedicada pela própria Sinéad, que também era compositora da canção homônima, a “cada membro da comunidade de refugiados da Irlanda”. “Você é muito bem-vindo na Irlanda. Eu te amo muito e te desejo felicidade”, disse na entrega do prêmio. Ela deixou três filhos. O mais velho, Shane, morreu no ano passado aos 17 anos.

Em janeiro de 2022, Sinéad criticou as autoridades irlandesas após a morte de Shane, que ela alega ter deixado o hospital enquanto “tentava o suicídio”. A cantora anunciou a notícia da morte do adolescente nas mídias sociais, escrevendo: “Meu lindo filho, Nevi’im Nesta Ali Shane O’Connor, a própria luz da minha vida, decidiu acabar com sua luta terrena hoje e agora está com Deus. “Que ele descanse em paz e que ninguém siga seu exemplo. Meu bebê. Eu te amo tanto. Por favor, fique em paz”.

Ao longo de sua carreira, Sinéad O’Connor atraiu todo tipo de controvérsia e dividiu a opinião pública, principalmente a dos Estados Unidos, por seu ativismo político. Em 1992, ela rasgou uma fotografia do Papa João Paulo II no programa de televisão americano Saturday Night Live em um ato de protesto contra o abuso sexual na Igreja Católica. Um ano antes, ela havia se recusado a tocar o hino nacional dos EUA antes de seus shows, por conta da atuação da Casa Branca em guerras pelo mundo, atraindo mais desprezo público. •