Com a volta do Bolsa Família, desde o início do ano o governo Lula retirou 43 milhões de famílias que estavam em vulnerabilidade social. A luta agora é para erradicar a fome

Fora da pobreza
Rio de Janeiro, Brazil – September 5, 2020: Logo Bolsa Família. Financial aid given by the Brazilian Federal Government to low-income families. Brazilian assistance program

Nos primeiros seis meses do governo Lula, mais de 43 milhões de pessoas foram retiradas da linha de pobreza no país. A batalha para combater a herança bolsonarista que levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome e os indicadores negativos, divulgados nesta terça-feira, 11, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), seguem como prioridade absoluta da gestão de Lula.

De acordo com o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)”, 70 milhões de brasileiros e brasileiras ainda enfrentam insegurança alimentar e outros 21 milhões de pessoas passam fome. “O país sofreu muito nos últimos três anos pela falta de cuidado e atenção com os mais pobres”, lamentou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.

“Tornou-e comum ver pessoas passando fome, na fila por ossos e catando comida no lixo para se alimentar. Isso foi a quebra e interrupção de um trabalho iniciado pelo presidente Lula em seus primeiros governos e que trouxe grandes avanços nesta área”, aponta o ministro.

Com a retomada do programa Bolsa Família, somente no mês de junho, o governo Lula retirou 18,5 milhões de famílias da linha de pobreza.“O objetivo é tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome e da insegurança alimentar, mas também reduzir a pobreza”, diz o ministro. “Só agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza”.

Relançado pelo governo Lula em março, e implementado totalmente em junho, o programa Bolsa Família é o grande responsável por elevar a renda da população mais vulnerável acima da linha da pobreza, que é de R$ 218 per capita por residência.

Wellington Dias comemora a conquista após a implantação total do novo Bolsa Família e seus adicionais por crianças, gestantes e adolescentes de até 18 anos incompletos. Ele explicou que os mais de 43,5 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza porque tiveram aumento da renda acima de R$ 218. 

“Essa é uma ação de várias outras que estamos desenvolvendo para reduzir a pobreza e tirar o país novamente do mapa da fome. [Com] todo esse trabalho, tem alimento garantido na casa e na mesa dos mais necessitados”, ressalta.

A Bahia foi o estado com maior número de famílias (2,26 milhões) que ultrapassaram essa faixa de renda, seguida por São Paulo, com 2,25 milhões de famílias fora da linha da pobreza; do Rio de Janeiro (1,63 milhão), Pernambuco (1,48 milhão) e Minas Gerais (1,38 milhão). 

O governo prepara o lançamento do plano Brasil sem Fome, que se organiza-se em três eixos: 1) acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; 2) segurança alimentar e nutricional, com alimentação saudável da produção ao consumo; e 3) mobilização para o combate à fome.

Segundo Wellington Dias o governo tem como metas retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030, reduzir a extrema pobreza e a pobreza, com inclusão socioeconômica; e reduzir a insegurança alimentar e nutricional. •