No comércio com o mundo, país tem saldo positivo de US$ 45,514 bilhões no semestre — o maior da história. Alckmin comemora: “O Brasil nunca exportou tanto em nenhum outro primeiro trimestre”

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 45,514 bilhões no 1º semestre de 2023. O país exportou US$ 166,2 nos três primeiros meses do ano. É o maior saldo positivo nominal para o período da série histórica, iniciada em 1989. O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Em nenhum outro primeiro semestre da história, o Brasil exportou tanto quanto no primeiro semestre de 2023 (foram US$ 166,2 bilhões)”, disse.

“Só em junho, tivemos US$ 10,59 bi de superávit comercial, o maior valor nominal da nossa história”, destacou Alckmin. “Como diz o presidente Lula, nós vamos surpreender o mundo gerando emprego e renda com respeito ao meio ambiente”. O presidente da ApexBrasil — a agência de promoção dos produtos brasileiros no exterior —, Jorge Viana, disse que o país também está atraindo mais investimentos diretos: “O Brasil detém 41% do total de investimentos estrangeiros diretos feitos na América Latina”.

Segundo o MDIC, o saldo positivo de junho resultou de US$ 30,1 bilhões em exportações e de US$ 19,5 bilhões em importações. Houve queda nas duas pontas, mas mais acentuada em importações, que recuaram 18,2% contra 8,1% das exportações contra igual mês de 2022, considerando a média por dia útil. Os dados do MDIC mostram que as exportações cresceram 8,7% em volume no acumulado deste ano, com alta puxada por soja, petróleo bruto, minério de ferro, açúcar, combustíveis e carnes de aves.

O bom desempenho das exportações brasileiras também foi um dos destaques do boletim Focus, do Banco Central, divulgado na segunda-feira, 3. O documento traz a previsão de um saldo positivo da balança comercial de US$ 63,76 bilhões em 2023. O boletim da semana passada previa US$ 62 bilhões.

Para melhorar, o relatório aponta para a queda da inflação e aumento do PIB continuam em alta. A estimativa do IPCA caiu de 5,06% para 4,98%. Já a do PIB subiu de 2,18% para 2,19%. As estimativas para a inflação refletem, em grande parte, os efeitos da queda dos preços dos alimentos. Segundo o IBGE, o grupo “alimentação e bebidas” passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% em maio.

A desaceleração dos alimentos, por sua vez, é um dos efeitos da redução dos preços dos combustíveis, que alivia os custos do pequeno, do médio e do grande produtor rural. Em maio, a queda foi de 21,3% para o gás de cozinha (GLP), de R$ 0,44 por litro no preço médio de diesel para as distribuidoras (-12,8%) e de R$ 0,40 por litro no preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras (-12,6%). • Agência PT

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