O papa Francisco discutiu os esforços de paz na Ucrânia com o primeiro-ministro do país, Denys Shmyhal, durante uma audiência privada no Vaticano na última quinta-feira, 27, a primeira reunião conhecida desde que a Rússia lançou sua invasão em grande escala ao território ucraniano, há um ano.

Após a reunião, Shmyhal disse a repórteres que havia novamente feito um convite ao pontífice para viajar à Ucrânia, uma visita que as autoridades ucranianas vêm pedindo. Francisco já declarou que sua ida a Kiev só acontecerá quando também puder ir à Rússia.

A relação entre a Ucrânia e Francisco, que há muito pede paz e condena o que chamou de atos bárbaros de guerra, foi conturbada nos primeiros meses do conflito. Líderes ucranianos criticaram sua postura como neutra, embora o papa tenha aumentado suas críticas a Moscou e se reunido com representantes do governo ucraniano várias vezes.

O Vaticano chamou as discussões na quinta-feira de “cordiais” e listou questões humanitárias entre os tópicos abordados. Shmyhal disse que ele e o papa discutiram que “assistência de Sua Santidade e do Vaticano” poderia ser oferecida para ajudar a alcançar a paz. O primeiro-ministro também pediu ajuda ao papa para “devolver para casa as crianças ucranianas” que foram deportadas para a Rússia.  A Ucrânia diz que cerca de 16 mil crianças foram transferidas à força para territórios controlados pela Rússia. A Rússia diz que se tratava de projeto humanitário.

`