Lula assegura ajuda federal a vítimas de deslizamentos provocados por temporais no litoral de São Paulo, Bolsonaro havia deixado no orçamento R$ 25 mil para ações de combate a desastres em 2023

O governo Lula segue empenhado na reconstrução de São Sebastião e no socorro às vítimas dos temporais que atingiram o litoral norte de São Paulo, durante o carnaval. O número de mortos por causa das chuvas chegou a 48. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, liberou R$ 7,077 milhões para ações de defesa civil no município.

Lula também autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões a cidades do país afetadas por desastres naturais, valor acrescido aos R$ 28,7 milhões transferidos pela Defesa Civil, entre 13 e 17 de fevereiro, a 50 cidades nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.

O presidente Lula sobrevoou a região e visitou São Sebastião acompanhado de nove ministros de Estado. Ao lado do prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Lula anunciou que o governo vai investir para a reconstrução de casas destruídas pelo forte temporal e recuperação da rodovia Rio-Santos, interditada em vários pontos por conta de deslizamento de encostas.

Além disso, o governo doou R$ 11 milhões em mercadorias apreendidas pela Receita Federal, como roupas, calçados, itens de cama, mesa e banho, higiene pessoal, material de limpeza e utensílios de cozinha.

Centenas de moradores da região do litoral norte paulista lutaram nos primeiros dias para encontrar água e suprimentos diários. As operações de resgate cessaram. Cerca de 1.730 pessoas foram deslocadas e 1.810 ficaram desabrigadas, de acordo com o governo do estado.

Os sem-teto foram abrigados em escolas, creches e igrejas em São Sebastião. Cerca de 7,5 toneladas de itens de socorro, entre alimentos, água e kits de higiene, foram distribuídos às vítimas. O governo Lula mandou o maior navio da Marinha brasileira para auxiliar no resgate dos afetados e isolados pelas chuvas.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, denunciou que o governo Bolsonaro deixou no orçamento apenas R$ 25 mil para ações de combate a desastres em 2023. Situação corrigida durante o gabinete de Transição, que identificou o problema e destinou mais de R$ 500 milhões para ações de defesa civil por meio da PEC do Bolsa Família.

O próprio Lula lembrou que, se dependesse de Jair Bolsonaro, não haveria recursos para ajudar as vítimas. “Na PEC [da transição] nós colocamos dinheiro para a Defesa Civil, que não tinha”, disse Lula. Góes alertou que existem cerca de 14 mil áreas de risco no Brasil, onde vivem cerca de 14 milhões de pessoas. “É fundamental haver continuidade em programas habitacionais de demanda dirigida. É uma alternativa que precisa ser constante”, afirmou.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, agradeceu a presença de Lula e disse que “isso nos dá amparo, nos dá conforto no momento em que a gente precisa trabalhar em um regime de cooperação”. Lula lembrou que é possível exercer o poder em benefício da maioria, apesar das divergências. “Eu não sei de que partido é o prefeito, eu sei em que partido Tarcísio disputou as eleições, vocês sabem em que partido eu disputei as eleições e veja que coisa bonita e simples: nós estamos juntos”, completou.

O vice-presidente Geraldo Alckmin celebrou o gesto de solidariedade. “É um novo tempo no Brasil, de união e construção. É um gesto importante do governo federal para São Paulo, que fortalece a democracia e a federação. É um exemplo de que a política não deve ser feita de sectarismo, mas de amor ao próximo”, completou. •

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