Quem são os bilionários alvos da PF
LUCIANO HANG
O empresário catarinense de 59 anos é dono da rede varejista Havan e apoia o presidente Jair Bolsonaro desde 2018. Foi investigado pela CPI da Covid por suposto envolvimento no chamado gabinete paralelo, suspeito de dar orientações para o uso de medicamento sem eficácia contra a Covid, como a cloroquina. Também é investigado pela PF por financiar fake news. De acordo com a Forbes 2021, ele é uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna avaliada em mais de R$ 15 bilhões. Em 2021, investigação do ‘Pandora Papers’ revelou que o empresário manteve por quase vinte anos uma empresa em um paraíso fiscal no valor de 112,6 milhões de dólares.
JOSÉ ISAAC PERES
Fundador e acionista da Multiplan, o empresário de 82 criou a sua primeira empresa, a incorporadora Veplan, aos 22 anos. A Multiplan seria criada em 1975, e seu capital, aberto em 2007. O empresário tem um patrimônio avaliado em R$ 7,5 bilhões, de acordo com o ranking dos bilionários da Forbes, de 2018. No passado, fundou a incorporadora e promotora de vendas de imóveis Veplan Imobiliária. Nas conversas do grupo, diz que as pesquisas de intenção de voto são manipuladas e que o TSE tem ministros petistas. O empresário ainda colocou em dúvida a lisura das últimas eleições, repetindo o discurso de Bolsonaro.
MARCO AURÉLIO RAYMUNDO, O MORONGO
Presidente da Mormaii, é pediatra e conhecido como Morongo. Fundou a empresa em 1976, oferecendo roupas de neoprene a surfistas que encaravam mares gelados, começando pela praia de Garopaba (SC). A marca oferece vestuário e acessórios para modalidades de esportes como surf, mergulho e skate.
MEYER JOSEPH NIGRI
Neto de judeus, formado em engenharia pela Politécnica da USP, tem 66 anos, está à frente do conselho de administração da Tecnisa, uma das maiores construtoras do país. Ele pegou covid em um jantar com amigos do presidente na Embaixada de Israel, em Brasília. É membro do Conselho Deliberativo da Chevra Kadisha, do Hospital Albert Einstein e preside o conselho de administração do Espaço K.
IVAN WROBEL
A construtora W3 é uma empresa de pequeno porte focada em imóveis comerciais e residenciais de alto padrão no Rio de Janeiro. Wrobel surge nas mensagens de WhatsApp questionando se o STF teria coragem de fraudar eleições após desfile militar na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.
AFRÂNIO BARREIRA
Fundador da rede de restaurantes ficou conhecido pela defesa da cloroquina e da posição de Bolsonaro em relação ao isolamento social durante a pandemia. Em 2020, criticou o lockdown e promoveu demissões em massa durante a pandemia. Diz que nunca defendeu movimento antidemocrático ou golpe.
JOSÉ KOURY
Dono do Barra World Shopping, que fica na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e se denomina “o primeiro shopping temático do mundo”. O estabelecimento reproduz a arquitetura dos principais monumentos ao redor do mundo, tais como a Torre Eiffel, de Paris, e as Pirâmides do Egito. O shopping na capital fluminense tem cerca de 400 lojas. No grupo de WhatsApp, teria dito preferir um golpe de Estado do que a volta do PT. Em nota, disse que sempre foi defensor da democracia e da livre liberdade de expressão e de pensamento. “Aquele que for eleito, seja de que partido for, terá nosso apoio integral”, afirmou.
LUIZ ANDRÉ TISSOT
Presidente da Sierra Móveis, o empresário de 66 anos dirige o grupo especialista em mobiliário de luxo. A sede da empresa fica em Gramado (RS). Em 2018, o grupo foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho por tentativa de coação eleitoral, depois de ter enviado carta aos funcionários manifestando preocupação com o rumo da eleição presidencial, pedindo votos em Bolsonaro.
