A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, recebeu na quinta-feira, 25, em Genebra a mulher e os advogados do fundador do Wikileaks, Julian Assange. Eles denunciaram a eventual extradição do jornalista para os Estados Unidos.

A reunião aconteceu no Palais Wilson, sede do Alto Comissariado, onde Bachelet foi informada sobre as violações de direitos humanos cometidas contra o fundador do Wikileaks e as implicações para a liberdade de imprensa e o direito dos cidadãos à verdade.

Assange está detido no Reino Unido e teme que sua vida esteja em perigo se ele for transferido para os EUA, em virtude de uma ordem assinada em junho pelo governo britânico e pendente de dois recursos. A Procuradoria dos EUA acusa Assange de espionagem pelo vazamento e publicação de centenas de milhares de telegramas diplomáticos do Departamento de Estado e das Forças Armadas dos EUA referentes às guerras com o Iraque e Afeganistão e à prisão de Guantánamo.

Os advogados de Assange, Baltasar Garzón e Aitor Martínez, informaram Bachelet sobre a situação atual do ativista, bem como os recursos pendentes perante o Supremo Tribunal britânico. Os defensores indicaram que o caso é um ataque contra a liberdade de imprensa em nível global e o direito de acesso à informação. •

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