A covardia do presidente
A reação de Jair Bolsonaro ao assassinato do líder petista Marcelo Arruda, covardemente atacado por um dos apoiadores do presidente, em Foz do Iguaçu (PR), mostra sua covardia. Bolsonaro só se manifestou sobre o episódio quase 24 horas depois do crime. E o fez com dois objetivos: fingir que não tem relação com o fato e posar de vítima.
No domingo, 10, Bolsonaro publicou no Twitter a reprodução de uma mensagem de quatro anos atrás, que se inicia com a cínica frase: “Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores”. O atual presidente ainda mencionou “caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia”. Pior: tentou relacionar atos violentos à oposição.
O assassino, Jorge José da Rocha Guaranho, é um dos que ouvem, admiram e seguem o que o atual presidente diz. A ponto de postar, orgulhoso, nas redes sociais, foto ao lado de um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP). Mesmo assim, Bolsonaro tenta se afastar do crime. •