Os moradores de São Paulo não conseguem mais comprar nem uma cesta básica completa com um salário mínimo. É o que mostra levantamento mensal feito pelo Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 31 de maio passado, o paulistano precisava desembolsar, em média, R$ 1.226,12 para adquirir uma cesta básica. São R$ 14,12 a mais que o piso salarial, hoje em R$ 1.212. Nesse levantamento, o Procon-SP pesquisa todos os meses o preço de 28 alimentos, seis produtos de limpeza e cinco de higiene.

Só nos cinco primeiros meses deste ano, o valor desse conjunto de mercadorias subiu 12,69%. Já de maio do ano passado a maio de 2022, o aumento foi de 18%, bem acima dos 11,7% da inflação oficial (IPCA) para o período. No mês passado, os produtos que mais subiram foram: cebola (31,70%), desodorante spray (6,80%), salsicha avulsa (6,33%),  queijo muçarela (5,55%) e farinha de mandioca torrada (4,91%).

A situação observada em São Paulo se repete no resto do país. Em abril, levantamento da PUC do Paraná mostrou que, em um ano, o preço dos alimentos da cesta básica no Brasil subiu 21,46%, quase o dobro da inflação, que ficou em 11,30% no período considerado na pesquisa. O café da manhã subiu 32,16%. •

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