Deputados do PT voltaram a denunciar suspeitas de fraudes na Eletrobrás, num esforço para evitar que o governo Bolsonaro privatize a maior companhia do setor elétrico da América Latina e a maior geradora e fornecedora de energia do país. Além de representar um ataque à soberania nacional, a venda vai encarecer a conta de luz.

Na quinta-feira, 17, o PT entrou com recurso no Tribunal de Contas da União. Nove deputados do partido apresentaram ao ministro Aroldo Cedraz um pedido de suspensão do processo de privatização da Eletrobras, até que sejam apuradas as denúncias de irregularidades nos balanços das empresas Santo Antônio Energia, controlada por Furnas — subsidiária da Eletrobrás — e da Norte Energia, controlada pela Eletrobrás, e suas subsidiárias Eletronorte e Chesf. 

Os parlamentares alertam que os equívocos em balanços contábeis das subsidiárias, que serão privatizadas junto com a holding, podem impactar na avaliação dos ativos que serão postos à venda. Ou seja, a Eletrobrás está sujeita a ser vendida por um preço menor do que vale.

Os líderes do PT, Reginaldo Lopes (MG) e da Minoria no Congresso, Arlindo Chinaglia (PT-SP), entraram com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra eventuais atos lesivos ao patrimônio da Eletrobrás e seus acionistas, no curso do processo de privatização da empresa. •

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