A devastação social gerada pelo governo Bolsonaro atinge níveis alarmantes. Enquanto 40 brasileiros integraram o clube dos super ricos da revista Forbes, mais de 15 milhões de famílias estão em situação de extrema pobreza.

A fome atinge o povo e quase 20 milhões de brasileiros declaram passar 24 horas ou mais sem ter o que comer na semana. Além disso, 24,5 milhões não têm certeza de como se alimentarão no dia a dia e já reduziram o que comem. Outros 74 milhões vivem inseguros sobre se passarão pelo mesmo drama, em um cenário no qual o preço dos alimentos sobe sem parar.

Só 26% das crianças de 2 a 9 anos no Brasil fazem as três refeições diárias, de acordo com dados do próprio Ministério da Sáude. O número, que já era preocupante em 2016, quando caiu para 42% de um patamar de 76% em 2015, teve quedas ainda mais acentuadas desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência: 28% em 2019, 21% em 2020 e 26% em 2021. Em outras palavras, 3 em cada 4 crianças brasileiras estão em risco grave de insegurança alimentar e desnutrição.

A resposta do presidente a esses milhões de famintos foi perversa. Acabou com o Bolsa Família, exitoso programa, reconhecido internacionalmente, e criou em seu lugar o confuso e inconsistente Auxílio Brasil. Este novo programa não tem fonte de financiamento permanente e sua existência está garantida apenas até dezembro de 2022. O programa começou a ser pago na semana passada com valor médio de R$ 224,41 por família, montante insuficiente e bem inferior aos R$ 400 prometidos pelo próprio governo.

Mais grave ainda é que, com o Auxílio Brasil, Bolsonaro deixou 29,5 milhões de famílias sem acesso a qualquer programa de renda. Ao beneficiar apenas os inscritos no Cadastro Único, Bolsonaro excluiu do Auxílio Brasil 29,4 milhões de famílias que recebiam o auxílio emergencial.

Ademais, a implementação do novo programa não foi acompanhada de qualquer tipo de levantamento da situação das famílias excluídas ou de critérios de exclusão dos beneficiários. As pessoas foram colocadas de fora da lista de beneficiários sem qualquer tipo de orientação, gerando desespero e filas gigantescas em agências bancárias de diversas cidades.

Outro ponto crítico do Auxílio Brasil é o ajuste feito pelo governo na classificação de famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. Bolsonaro incluiu em tais faixas famílias com renda per capita de até R$ 100 e R$ 200, respectivamente. A linha da extrema pobreza para países em desenvolvimento deveria ser de R$ 172. Mas, segundo estudo do Banco Mundial, no Brasil, o valor deveria ser em torno de R$ 300.

Diante dessa tragédia, emerge no coração e na mente do Brasil profundo a memória de um tempo em que o país experimentou um momento de recuperação econômica, inclusão social e distribuição de renda, nunca vistos na história. Cresce a força do legado de um presidente que o retirou Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas, projetou o país internacionalmente e trouxe autoestima ao povo. Isto é, o Brasil de Lula.

O contraponto ao país dos milhões de miseráveis de Bolsonaro são os governos de Lula e Dilma, que retiraram 36 milhões de brasileiros da pobreza extrema e em que outros 42 milhões ascenderam à chamada classe média. Em conversas com os  principais líderes políticos do mundo, em recente passagem pela Europa, Lula trouxe de volta ao centro do debate global a pauta do enfrentamento da desigualdade e da erradicação da miséria, da fome, e da pobreza.

Por isso, mais do que nunca, o povo precisa de Lula. É ele quem vai retomar a marca fundamental dos governos do PT, que, em 12 anos, aumentaram o salário mínimo em 77% em termos reais, que geraram 23 milhões de empregos formais e em que a renda dos 20% mais pobres da população brasileira cresceu 84%.

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