Musa do bolsonarismo, Sara Winter afirmou à Polícia Federal na segunda-feira, 22, que recebeu ordens do General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, e apelos das deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSD-SP) para que direcionassem os ataques do acampamento 300 do Brasil, no ano passado, contra o Supremo Tribunal Federal. Heleno e Kicis negam as acusações.

O depoimento de Sara Giromini reabre as feridas da crise institucional que mergulhou o Palácio do Planalto no centro das investigações do STF sobre atos antidemocráticos e a rede de fake news administrada pelo Gabinete do Ódio. Sara ficou presa por ordem do relator dos casos, o ministro Alexandre de Moraes, e retirou a tornozeleira eletrônica em julho.

No depoimento à PF, a militante de ultradireita declarou que participou de uma reunião com Heleno no Palácio do Planalto em meados de 2020. Nessa época, os 300 do Brasil estavam acampados na Esplanada. Depois, tornariam-se alvo do STF por ataques à corte. Um deles envolveu o uso de fogos de artifício contra o prédio do tribunal.

Segundo ela, Heleno pediu então que o grupo não protestasse mais contra Rodrigo Maia (DEM-RJ), então presidente da Câmara. Heleno disse que poderiam fazer protestos contra o tribunal.

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