A Lava Jato enfrenta novo revés por conta de ilegalidades cometidas durante o funcionamento da força-tarefa de Curitiba. O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), anunciou uma investigação para apurar irregularidades no pagamento de diárias e passagens aéreas aos procuradores da República de Curitiba, entre 2014 e 2021.

As diárias recebidas pelos procuradores totaliza R$ 2,5 milhões. Se confirmado o prejuízo, os integrantes da força-tarefa terão de ressarcir os valores aos cofres públicos, além de serem penalizados com multas e a proibição de exercer funções públicas por oito anos.

Uma eventual decisão do TCU poderá ainda acabar com o sonho de Deltan Dallagnon de se candidatar a um cargo eletivo em 2022. Responsável pelo powepoint fajuto usado como peça de acusação infundada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o levou à prisão injustamente, Deltan corre o risco de se tornar inelegível. 

De acordo com o processo, cinco procuradores da Lava-Jato receberam diárias e passagens para trabalhar em Curitiba (PR) quando poderiam ter sido transferidos para a capital do Paraná. “Não é crível que seria impossível promover medidas mais aderentes ao princípio da economicidade na escolha do modelo de força-tarefa”, aponta Bruno Dantas, em seu despacho.

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