Organizações sociais e partidos da oposição promoverão no feriado da Proclamação da República mais atos e manifestações em todo o país pelo impeachment de Bolsonaro e em defesa da vida e do emprego. Ninguém aguenta mais o desgoverno

 

 

Os protestos de 2 de Outubro correram o Brasil e o mundo, mas os organizadores dos atos da Campanha “Fora, Bolsonaro” já começaram a articular a próxima manifestação, organizada para acontecer no feriado da Proclamação da República, em 15 de Novembro. A data foi citada em mais de um discurso de quem subiu no caminhão de som parado em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, no sábado.

As manifestações vêm num crescendo desde a primeira realizada ainda no primeiro semestre. Dessa última vez, 700 mil brasileiros tomaram as ruas em 300 cidades no Brasil e em 18 países para externar seu repúdio ao governo do ex-capitão do Exército. A promessa dos organizadores é ampliar a participação popular no feriado da República.

“Fizemos um grande 2 de outubro, mas já está apontado em nosso calendário o dia 15 de novembro”, anunciou o presidente da CUT, Sérgio Nobre. Ele explica que até lá o movimento sindical dialogará com a população sobre o momento dramático para o Brasil. Os organizadores dos protestos querem que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), paute um dos mais de 130 pedidos de impeachment de Bolsonaro.

Nobre avalia que o povo irá novamente às ruas dizer que não aguenta mais o desemprego, a fome, os altos preços de combustíveis e alimentos e protestar contra o negacionismo do presidente, responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas pela Codiv. No 2 de Outubro, os protestos também foram realizados contra a privatização dos Correios e a Proposta de Emenda à Constituição 32, a chamada Reforma Administrativa.

“Ou o povo vem para luta, ou os preços vão continuar aumentando. Trabalhadores têm que ter consciência de que um terço da população hoje está desempregada”, repetiu Nobre. “Se não derrubarmos o governo, o desemprego vai bater na porta, vai chegar a todos nós. É uma tragédia jamais vista”.

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