Na quarta-feira, 29, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve sua vigésima vitória na Justiça. A 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal voltou a rejeitar, por falta de provas, a ratificação de denúncia contra Lula no chamado “caso do sítio de Atibaia”. As sucessivas vitórias de Lula na Justiça desnudam o lawfare, a perseguição judicial, com a utilização das leis como arma política, de que o ex-presidente foi vítima.

A juíza Pollyanna Kelly Maciel voltou a negar pedido de reabertura do caso, uma vez que o Ministério Público Federal não apresentou nenhuma prova válida. As supostas provas apresentadas pelo MPF são as mesmas fabricadas pela Lava Jato de Curitiba e consideradas nulas pelo Supremo Tribunal Federal.

“Por estar embasada nas provas tornadas nulas pelo STF, a denúncia originária não poderia ser ratificada de modo genérico e irrestrito, portanto”, diz a juíza em sua sentença. “Repito, a denúncia não poderia ser recebida e nessa condição permanece pois não foram indicadas quais as provas válidas que dão sustento à acusação”.

A Justiça reitera mais uma vez que a Lava Jato nunca teve provas contra Lula. O ex-presidente permaneceu preso injustamente por 580 dias, por não aceitar trocar sua dignidade por sua liberdade. “A verdade venceu”, disse o advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin. A decisão também entendeu que o prazo das supostas denúncias está prescrito. 

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