EXPOSIÇÃO VIRTUAL: Atuação de Paulo Freire no PT

Paulo Freire faz parte do PT desde sua fundação, e segue presente por meio de suas ideias e legado, que persistem na vida partidária dos dias atuais. Sua filiação ao PT foi decidida quando, ainda no exílio, conheceu numa visita ao Brasil o partido que então se formava. Mesmo não estando no país na data de fundação, em 1980, deixou registrado, por meio de Moacir Gadotti, sua assinatura na Ata de Fundação do Partido dos Trabalhadores[1], história que teremos a oportunidade de conhecer nesta exposição por meio do belo texto gentilmente escrito por Gadotti para esta celebração.

A exposição que se segue enfatiza dois aspectos da atuação do petista Paulo Freire. Na construção institucional do Partido, integrou a Comissão de Educação do PT, foi presidente da Fundação Wilson Pinheiro, articulou atividades de formação. Como membro da Comissão de Educação legou textos clássicos para a reflexão da política partidária, tal como “O partido como educador-educando”, disponível para consulta. Segundo este, “é tão impossível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político”[2].

Além disso, destacamos sua ação para a formulação das políticas públicas petistas de educação por todo o país. Em 1989 foi empossado Secretário de Educação do Município de São Paulo, na gestão petista de Luiza Erundina. A gestão inaugurou 31 escolas municipais no período, reformulou o currículo escolar, criou o programa de capacitação para professores, implementou o ensino noturno. Além disso, desenvolveu o MOVA – Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, que procurava enfrentar a grave situação de analfabetismo na cidade de São Paulo, o qual serviu de modelo para inspirar uma série de outras políticas por todo o Brasil. Neste contexto, foi realizado o I Congresso dos Alfabetizandos, em São Paulo, em 16 de dezembro de 1990, o qual enfatizava a experiência participativa dos alfabetizandos. Já no primeiro ano da gestão foram implementados 626 núcleos de alfabetização que estabeleceram parcerias com 56 organizações sociais da cidade[3], colocando em prática a concepção do papel do Estado como formado e formador de políticas públicas, em articulação com a sociedade civil.

Os documentos selecionados para esta exposição são uma pequena mostra desta trajetória. O acervo da Fundação Perseu Abramo, por meio do seu centro de documentação Centro Sérgio Buarque de Holanda, possui documentos que podem ser consultados em nossa base de dados online, e também em nosso arquivo físico. A exposição foi baseada especialmente no rico acervo do Instituto Paulo Freire, que constitui uma contribuição fundamental para a difusão do legado de Paulo Freire. Convidamos os visitantes a conhecerem estes acervos em:

acervo.fpabramo.org.br

acervo.paulofreire.org

Agradecemos aos fotógrafos Vera Jursys e Roberto Parizotti, por disponibilizarem suas fotografias para a produção desta exposição; e à Soraia Alexandra Zonzine, que, gentilmente, permitiu que divulgássemos seu vídeo, que faz parte do acervo digital do Instituto Paulo Freire.

Equipe do Centro Sérgio Buarque de Holanda

[1]    A Ata de Fundação do Partido dos Trabalhadores está sob a guarda do centro de memória da Fundação Perseu Abramo, Centro Sérgio Buarque de Holanda.

[2]    FREIRE, Paulo. O partido como educador-educando. Revista Proposta, [S.l.], n. 113, [19–]. Disponível em:

[3]    Para maiores informações sobre o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, vide GADOTTI, Moacir (org.). MOVA-Brasil 10 anos: Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2013.

NOTAS SOBRE PAULO FREIRE E A CONSTRUÇÃO DO PT

Moacir Gadotti

Conheci pessoalmente Paulo Freire em Genebra em 1974. Genebra vivia um momento de grande efervescência política. Engajamo-nos no apoio a exilados políticos. Eu voltei em 1977 e, a convite de Jacó Bittar, presidente do Sindipetro de Campinas, participei como docente de um curso de formação política no sindicato. Lembro que comecei o curso com uma fala de Lula: “Que ninguém nunca mais ouse duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores” (1978) e outra da Carta de Princípios do PT (1979): “O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores”.

Lembro do dia 10 de fevereiro de 1980. Paulo Freire estava em Genebra, preparando seu retorno, e, por telefone, pediu-me para assinar, por ele, o livro do ato fundacional do PT, no Colégio Sion, em São Paulo. Morando em Campinas, fui a São Paulo de carona com o Coordenador do Movimento Pró-PT, Jacó Bittar. Fui o terceiro a assinar o livro. Paulo disse-me, ao telefone: “Nunca me filiei a partido algum, mas, ao PT, eu não tenho nenhuma dúvida. Vou me filiar”.

Dois anos depois, criamos juntos a Fundação Wilson Pinheiro para subsidiar o partido com estudos, pesquisas e formação política. A Fundação Wilson Pinheiro foi criada pelo Diretório Nacional do PT, em 1982. Participaram de sua criação, entre outros, Antonio Cândido, Apolônio de Carvalho, Paulo Freire, Paul Singer, Perseu Abramo, Florestan Fernandes, Marilena Chauí, Maria Victoria Benevides, Wolfgang Leo Maar, Luiz Carlos de Menezes, Francisco Weffort, Paulo Rubem Santiago e eu. A denominação da fundação foi em homenagem a Wilson de Souza Pinheiro, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Brasileia (AC), assassinado em frente ao sindicato, no dia 21 de julho de 1980. Cito esses nomes para mostrar que nós, do PT, temos raízes, temos referenciais. Eles estão na vida generosa e militante desses grandes brasileiros e brasileiras e de outros como Apolônio de Carvalho, Plínio de Arruda Sampaio, Henfil, Eder Sader, Wladimir Pomar, Lélia Abramo, apenas para citar alguns, entre tantos.

Em 1984, o PT me indicou para representá-lo na CBE (Conferência Brasileira de Educação) de Goiânia, onde apresentei a tese “Construindo a educação pública popular e socialista”, discutida na recém criada Comissão de Assuntos Educacionais do PT (CAED). O primeiro documento da gestão de Paulo Freire, Aos que fazem a educação conosco em São Paulo, traduz as ideias e a visão da política educacional discutida no interior do partido (Gadotti & Pereira, 1989: 191-192). Era uma política que entendia a educação como cultura, em sintonia com a política cultural do PT, levada à frente na gestão municipal, pela Secretária da Cultura Marilena Chaui (Chaui, Cândido, Abramo & Mostaço, 1984). Paulo Freire disse, ao aceitar o convite de Luiza Erundina: “porque não tinha o direito de dizer não depois de toda a vida que tinha vivido, depois das denúncias que fiz, de ter escrito o que escrevi. Para dizer não, teria que tirar os livros que escrevi do prelo e não escrever mais” (In: Revista Teoria & Debate, no. 17, 1º trimestre de 1992, pp. 39-40).

Da experiência na Fundação Wilson Pinheiro, surgiu o livro Pra que PT: origem, projeto e consolidação do Partido dos trabalhadores[1], em coautoria com Otaviano Pereira, publicado em 1989, com prefácio de José Dirceu e posfácio de José Genoíno, onde ele afirma que o PT é “um projeto socialista ainda e construção” e que “o projeto socialista do PT deve ser radicalmente democrático e profundamente ético” (Gadotti & Pereira, 1989: 362). Na apresentação do livro, dissemos que estávamos dando a conhecer o projeto do PT, sobretudo aos trabalhadores que ainda não o conheciam, “um partido socialista com base popular”.

Um dos primeiros textos publicados pela Fundação Wilson Pinheiro para nossos cursos de formação política foi o de Paulo Freire com o título “O partido como educador-educando” (Freire, 1988) e o de Carlos Rodrigues Brandão, “Um Plano Popular de Educação” (Brandão, 1988). Paulo Freire, em seu texto, afirma que o PT “enquanto educador, se, de um lado, não pode aceitar que a educação seja a alavanca das transformações sociais, não pode, por outro, desconhecer o seu papel indiscutível nestas transformações” (Freire, 1988: 18). Carlos Rodrigues Brandão afirma que “há uma tarefa pedagógica em um partido político. Sem ser escolar, ele é educativo. É um instrumento de luta pelo poder e é também um instrumento de educação de seus militantes” (Brandão, 1988: 19). O PT, desde suas origens, destacou como um de seus princípios político-pedagógicos “trazer os trabalhadores para a discussão política, desenvolver a consciência crítica ao mesmo tempo que se articula sua própria organização popular, sindical, social etc” (Gadotti & Pereira, 1989: 27).

Paulo Freire defendeu a Educação Popular como política pública. “Queremos uma escola pública popular, mas não populista”, nos dizia ele, uma escola pública como espaço de resgate científico da cultura popular, uma escola como espaço de organização política das classes populares e instrumento de luta contra-hegemônica. Essa seria uma “Escola Cidadã”, disse ele, mais tarde (1997), “uma escola de companheirismo, de comunidade, que vive a experiência tensa da democracia”.

No livro Política e educação, ele dedica um capítulo à “Escola Pública e Educação Popular”, perguntando-se sobre a possibilidade de fazer educação popular na escola pública. Ele afirma que a educação popular não é só aquela que se faz em espaços informais. É aquela que “jamais separa do ensino dos conteúdos o desvelamento da realidade”. A Educação Popular seria aquela que “estimula a presença organizada das classes sociais populares na luta em favor da transformação democrática da sociedade, no sentido da superação das injustiças sociais” (Freire, 1993: 101).

Ao sair da SME, em 1992, Paulo Freire foi entrevistado por Mario Sergio Cortella e Paulo de Tarso Venceslau para a Revista Teoria & Debate e disse: “Quando me perguntaram por que o PT, eu respondi que tinha passado 40 anos esperando por ele. Porque o Partido dos Trabalhadores na história política do país é o único que nasceu de baixo para cima (…), nasceu mesmo é da briga sindical, da luta pelos direitos da classe trabalhadora. A essa briga se juntaram alguns intelectuais, que não pretendiam ser donos da verdade revolucionária (…). Essa foi uma das razões fundamentais pelas quais me tornei militante nessa idade. Quando voltei da Europa já estava filiado ao PT. Fui um dos fundadores. O Moacir Gadotti, por procuração, assinou minha filiação” (Freire, 1992: 38).

Florestan Fernandes, numa conferência memorável sobre “A formação política e o trabalho do professor”, feita no Seminário “Dependência econômica e cultural, desenvolvimento nacional e formação de professores”, na Universidade de São Paulo, em 1985, expôs, de forma clara, a necessidade da escola discutir política (Fernandes, 2019). Ele começou dizendo que “o tema que me foi proposto é extremamente complicado e exige muita meditação” (p. 63) e se pergunta: “Como um professor pode ser neutro na sala de aula? Como um investigador pode ser neutro em suas pesquisas?” (p. 73). Ele situa esse debate na tradição cultural brasileira que separa o professor do cidadão, dizendo que “o cidadão está num lado, o educador está em outro. Entretanto, o principal elemento na condição humana do professor é o cidadão” (p. 74), concluindo que “é decisivo que o educador volte a pensar em como fundir os seus papéis dentro da sala de aula, com os seus papéis dentro da sociedade” (75).

A escola é um lugar onde outro país, onde outro mundo, pode estar sendo gestado. É isso que a Educação Popular de Paulo Freire sempre defendeu. Ela representa, por isso, uma grande esperança, um projeto maior, que não se limita à escola, mas onde a escola tem um papel primordial, como um lugar onde também se decide o futuro de uma geração, que precisa pronunciar-se sobre o mundo no qual deseja viver.

Referências

BRANDÃO, Carlos Rodrigues, 1988. “Um Plano Popular de Educação”. In: Alberto Damasceno (org.), 1988. A educação como ato político-partidário, São Paulo: Cortez, pp. 19-24.

CHAUI, Marilena, Antônio Cândido, Lélia Abramo & Edelcio Mostaço, 1984. Política cultural. Porto Alegre: Mercado Aberto/Fundação Wilson Pinheiro.

DAMASCENO, Alberto, org. 1988. A educação como ato político-partidário. São Paulo: Cortez.

FERNANDES, Florestan, 2019. A formação política e o trabalho do professor. Marília: Lutas anticapital.

FREIRE, Paulo, 1988. “O partido como educador-educando”. In: Alberto Damasceno (org.), 1988. A educação como ato político-partidário, São Paulo: Cortez, pp. 16-18.

FREIRE, Paulo, 1991. A educação na cidade. São Paulo: Cortez.

FREIRE, Paulo, 1992. Entrevista. In: Revista Teoria & Debate. São Paulo, no. 17, 1º trimestre de 1992, pp. 28-40).

FREIRE, Paulo, 1993. Política e educação. São Paulo: Cortez.

GADOTTI, Moacir & Otaviano Pereira, 1989. Pra que PT: origem, projeto e consolidação do Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Cortez.

[1] GADOTTI, Moacir; Otaviano Pereira. Pra que PT: origem, projeto e consolidação do Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Cortez, 1989. Acesso em: http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/handle/7891/2769

Paulo Freire e a construção do PT

Esta seção traz fotografias, cartazes e textos sobre a participação de Paulo Freire na construção do PT desde a sua fundação. Destacamos a atuação fundamental na organização dos debates sobre educação dentro do partido, bem como na construção da Fundação Wilson Pinheiro e outras atividades.

Moacir Gadotti representando Paulo Freire no ato de fundação do Partido dos Trabalhadores, no encontro ocorrido em São Paulo, em 10 de fevereiro de 1980. Freire toma conhecimento da organização partidária em 1979, na ocasião de sua visita ao Brasil, período em que ainda se encontrava exilado. Ainda fora do país, opta por sua filiação e adesão partidária em torno da luta dos trabalhadores. O exílio de Paulo Freire ocorreu em outubro de 1964, em função da prisão e perseguição política sofridas por ele após o golpe civil-militar ocorrido naquele ano no país. Exila-se inicialmente na Bolívia e segue para o Chile, onde se estabelece. Em 1969 muda-se para os Estados Unidos para lecionar na Universidade de Harvard, e, em fevereiro de 1970 vai para Suíça, país que permanece até junho de 1980, quando volta para o Brasil após a sanção da anistia. Na foto, em frente de Gadotti estão Lula (costas), Henrique Santillo e José Cicote.

São Paulo, 10 de fevereiro de 1980. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Manuscrito de Paulo Freire em que explica “Por que sou PT?”. Nele, aponta os dois brasis antagônicos que formavam o país: o primeiro, composto pela classe trabalhadora, inquieta com a exploração, dona de uma consciência histórica que ampliava-se, e o segundo, o Brasil arrogante, autoritário e arbitrário, que ameaçava a ação e luta dos trabalhadores. Nesse cenário, a opção pelo PT se apresentava como alternativa para o enfrentamento da desigualdade, pela equidade social.

Local desconhecido, [198-]. Autoria: Paulo Freire. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique nas imagens para ler o documento.


Paulo Freire ao lado dos membros da Fundação Wilson Pinheiro (FWP), instituição política do PT, instituída pelo Diretório Nacional em 1982, que teve Freire como primeiro diretor-presidente. A FWP foi nomeada em homenagem a Wilson de Souza Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Basileia (AC), assassinado em frente à sede do sindicato no dia 21 de julho de 1980. Durante sua gestão, Freire articulou diversas atividades de formação para simpatizantes, deputados e militantes, tais como cursos, seminários, aulas públicas, entre outras. A FWP encerrou suas atividades no início dos anos 1990. Na foto, ao lado Paulo Freire estão Maria Helena Moreira Alves, Mário Sérgio Cortella, Moacir Gadotti e Aloizio Mercadante.

São Paulo, 1982. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Entrevista concedida por Paulo Freire no jornal Em Campanha, órgão do Comitê Eleitoral do PT, publicada na edição nº4, página 1. A entrevista foi concedida no contexto da candidatura de Lula para governador de São Paulo, em 1982. Dentre os assuntos comentados, Freire afirma que a ideia de que somente as classes dominantes e intelectuais podem governar é elitista. Coloca que é necessário considerar a prática diária de luta como fonte do conhecimento na ação política, além de ser extremamente importante a competência política para além da formação universitária. Não basta ser biólogo, físico etc, é preciso ter visão do funcionamento da sociedade, “o que Lula tem de sobra”.

São Paulo, outubro de 1982. Crédito: Jornal Em Campanha. Órgão do Comitê Eleitoral do PT. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para ler o documento.


Paulo Freire discursa durante o Congresso dos Educadores do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado no Rio Grande do Sul, em 1982. Freire participava de diversas atividades partidárias e formativas no campo educacional. No momento mesmo da fundação do PT, durante os primeiros anos do partido, integrou a Comissão de Educação e também participou do Grupo de Trabalho da Comissão Executiva Nacional que elaborava subsídios para constituição de um Plano de Educação Nacional Popular ao lado de Carlos Rodrigues Brandão, Demerval Saviani e Moacir Gadotti.

Rio Grande do Sul (estado), 1982. Crédito: Vera Jursys​. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu A​bramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


O artigo “O partido como educador-educando”, de Paulo Freire, faz parte, originalmente, de um documento interno do PT, como texto para debate do Grupo de Trabalho da Comissão Nacional do partido, produzido em 1982. Segundo Freire, “este texto tem a intenção de provocar um debate entre os militantes e simpatizantes do PT para que estes, pensando a questão educacional do país, possam apresentar contribuições à Comissão de Educação encarregada pela Comissão Executiva Nacional de elaborar um Plano de Educação. Esse texto, por isso, é provisório, servindo apenas de ‘subsídio’ para dar início ao trabalho. O Plano de Educação do PT deverá refletir em sua totalidade o ponto de vista dos militantes do partido”.

Revista Proposta, n. 113, [19–]. Crédito: Paulo Freire. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartaz do Seminário Estadual dos Educadores do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado nos dias 16 e 17 de agosto de 1986, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo. O tema central foi “Educação e Constituinte”. O Seminário visava discutir e desenvolver propostas para as políticas educacionais do estado de São Paulo.

São Paulo (estado), 16 e 17 de agosto de 1986. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu A​bramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartaz do Núcleo Paulo Freire e do Diretório Municipal PT de Goiânia (GO), convidando para o 1º Encontro Municipal de Educação do PT naquele município. O nome do núcleo homenageava Paulo Freire, que já naquele momento era um dos maiores pensadores brasileiros. O Encontro aconteceu entre os dias 18 e 20 de dezembro de 1987 e, na ocasião, chamaram Moacir Gadotti, grande amigo e profissional que atuava ao lado de Paulo Freire na elaboração de propostas para o campo da educação, como conferencista.

Goiânia (GO), 18 a 20 de dezembro de 1987. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu A​bramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Paulo Freire autografando o livro de propostas educacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), A educação como ato político-partidário, lançado em 1988, momento em que eram discutidas as diretrizes nacionais de educação. O livro foi publicado pela Cortez Editora e contou com a participação de 16 autores que militavam, formulavam propostas e subsídios para o campo da educação, entre eles Carlos Rodrigues Brandão, Celso Daniel, Djalma Bom, Florestan Fernandes, Lisete Regina Gomes Arelaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Moacir Gadotti, Perseu Abramo, entre outros.

São Paulo (estado), 1988. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Abertura do 1º Encontro Nacional de Educação do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado no Instituto Cajamar, em São Paulo, em 3 de março de 1989. Na primeira foto, ao lado de Freire, estão Florestan Fernandes e Moacir Gadotti.

São Paulo, 03 de março de 1989. Crédito: Autoria desconhecida.​ Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Imagem do 6º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado de 16 a 18 de junho de 1989, no colégio Caetano de Campos, em São Paulo (SP). Em linhas gerais, o 6º ENPT discutiu as estratégias de campanha e diretrizes da candidatura de Lula nas eleições presidenciais que ocorreriam em novembro de 1989. Na ocasião, Paulo Freire era um nome indicado para compor a chapa como vice-presidente, ao lado de Lula, na campanha de 1989. Na primeira foto, da esquerda para a direita: Clara Ant, Benedita da Silva, Luiza Erundina, Olívio Dutra, Fernando Gabeira, Luiz Gushiken, Lula, Paulo Freire e Jair Meneguelli.

São Paulo, 16 a 18 de junho de 1989. Crédito: Roberto Parizotti. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu A​bramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Manifesto “Nós apoiamos Paulo Freire para vice do PT” no contexto das eleições presidenciais de 1989. Na ocasião, o PT compunha a Frente Brasil Popular, coligação entre Partido Verde, Partido Socialista Brasileiro e Partido Comunista do Brasil. Lula foi o nome escolhido para candidato à presidência. Para vice, no debate interno do partido, indicados pelo Diretório Nacional foram apontados Paulo Freire, Benedita da Silva e Virgílio Guimarães. Na coligação, era sugerido os nomes de Fernando Gabeira, indicado pelo PV e Antônio Houais, indicado pelo PSB. No entanto, após as discussões, a coligação e o Diretório Nacional optaram por José Paulo Bisol como vice de Lula na campanha de 1989.

São Paulo, 1989. Autoria: militantes do PT.​ Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para ler o documento.


Entrevista de Paulo Freire sobre Lula no comício do PT realizado na praça Charles Miller, na região do Pacaembu, na cidade de São Paulo, durante as eleições presidenciais de 1989, uma semana antes das eleições que ocorreram em 15 de novembro. Na fala, Freire explica sua escolha por Lula presidente: “dentre as diversas razões, é porque Lula coincide, é parte, é consequência, é razão de ser de muito da mudança da história política desse país. Quer dizer, ele se acha no bojo, no corpo, das mudanças substantivas que a gente vem sofrendo nesses 20 anos. Não que ele seja o fazedor dessas mudanças, mas ele é, de um lado, o resultado delas, do outro, o fator de desenvolvimento delas. Segundo, Lula porque ele expressa um pedaço enorme da vontade popular desse país, quer dizer, Lula simboliza as classes populares nossas, tomando sua história na mão para fazê-la de novo, para refazê-la. Lula porque é sério, porque é competente, porque é honesto. Quer dizer, eu não sou dos que acham que a gente pode deixar a ética para depois. Não, a política é ética. Lula é um homem de vergonha, é um homem sério, que tem um compromisso. É por isso, também. Lula porque ele é um homem comprometido historicamente, quer dizer, é um homem que mexe no presente para fazer o futuro indispensável nesse país, um futuro de liberdade, de superação das injustiças, da miséria, da dor. Lula, por tudo isso.”

São Paulo (SP), [5 a 11] de novembro de 1989. Duração: 02min:17seg. Crédito: Soraia Alexandra Zanzine. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para ler a transcrição completa do vídeo.


Entrevista de Paulo Freire concedida à revista Teoria e Debate em 1992, publicada na edição nº 17. Os entrevistadores foram Mario Sérgio Cortella e Paulo de Tarso Venceslau. Nessa entrevista, Freire aborda sua infância, a vida e relação com os pais, as escolhas pessoais no âmbito profissional e o papel e importância da classe trabalhadora no desenvolvimento histórico e social.

São Paulo, Teoria e Debate, nº 17, 06 de janeiro de 1992. Acervo: Teoria e Debate/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para ler o documento.


Nota em homenagem a Paulo Freire, publicada no jornal PT Notícias, após seu falecimento, no dia 02 de maio. Nela, Sérgio Haddad, secretário da ONG Ação Educativa e professor da PUC, fala sobre a importância do legado do pensamento de Freire que uniu aspectos pedagógicos com políticos, na construção de uma sociedade inclusiva. Há também o testemunho de professores sobre a gestão de Freire à frente da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, destacando as transformações realizadas por ele à época.

São Paulo, Jornal PT Notícias, nº 43, ano II, 12 a 18 de maio de 1997, p. 02. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para ler o documento.


Cartaz do 11º Encontro Nacional do PT em homenagem à Paulo Freire. O 11º ENPT foi realizado no Nacional Hotel Glória, no Rio de Janeiro (RJ), de 29 a 31 de agosto de 1997, e prestou uma homenagem ao educador Paulo Freire, falecido no mesmo ano. Na abertura do Encontro, na noite do dia 29, Nita Freire, sua companheira, marcou presença e, em saudação a ele, discorreu sobre a profícua participação de Freire como militante do PT.

Rio de Janeiro (RJ), 29 a 31 de agosto de 1997. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Paulo Freire: memória e presença. Vídeo em homenagem a Paulo Freire. De um lado apresenta os diversos projetos que ele esteve envolvido e influenciou com seu método educacional e, de outro, traz depoimentos de amigos, admiradores e de militantes do PT que estiveram ao seu lado na vida política, tais como José Dirceu, José Genoino, Eduardo Suplicy, Ladislau Dowbor, Luiza Erundina, Luiz Inácio Lula da Silva e Paulo Betti. Lula ressaltou em sua fala a enorme coerência de Freire, sua coragem e a firmeza ideológica de seu compromisso com o povo pobre e excluído.

São Paulo, abril de 1998. Duração: 20min:42seg. Crédito: Altermídia. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Paulo Freire e as políticas petistas de educação

A segunda parte da exposição destaca a atuação de Paulo Freire na implementação das políticas petistas de educação. Desde a contribuição para o debate sobre o tema nas primeiras prefeituras, e principalmente sua atuação na Prefeitura Municipal de São Paulo, em 1989, quando foi Secretário de Educação do município. Por fim, a exposição agrega registros do legado de um dos programas implementados por Paulo Freire em São Paulo, o MOVA, que foi replicado em experiências de outras prefeituras petistas.

Paulo Freire se reúne com Gilson Menezes e equipe para discutir a implementação de um programa de alfabetização para adultos na cidade de Diadema, município da grande São Paulo, em 1982. À época, Menezes concorria à eleição municipal desta cidade, onde tornou-se um dos primeiros prefeitos eleitos pelo recém fundado Partido dos Trabalhadores (PT). Sua gestão foi de 1983 a 1988.

Diadema (SP), 1982. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartaz do evento “Educação de Adultos”, organizado em parceria pela Fundação Wilson Pinheiro (FWP), do PT, e a prefeitura municipal de Diadema (SP). Paulo Freire foi membro do primeiro Conselho Curador e primeira Diretoria Executiva da FWP, que reunia lideranças e intelectuais do partido. A FWP se dedicou a atividades de formação política da militância do PT, e também a assessoria de dirigentes e mandatos do partido.

São Paulo (estado), 05 a 24 de [198-]. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Em janeiro de 1989, Paulo Freire é empossado Secretário Municipal de Educação por Luiza Erundina, recém eleita prefeita do município de São Paulo pelo PT. Paulo Freire esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação entre 1989 e 1991.

São Paulo (SP), janeiro de 1989. Créditos: Autorias desconhecidas. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


“Aos que fazem a educação conosco em São Paulo” é o primeiro documento publicado por Paulo Freire, assim que assume a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em janeiro de 1989. Esta publicação traz um diagnóstico da situação da Secretaria, das condições estruturais das então 703 escolas municipais, além de compartilhar o texto do “Regimento Comum das Escolas” para discussão e debates em toda a rede e os principais pontos a serem trabalhados ao longo de sua gestão. Paulo Freire esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação entre 1989 e 1991.

São Paulo (SP), Diário Oficial do Município de São Paulo, 01 de fevereiro de 1989. Crédito: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartaz produzido e divulgado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo durante a gestão petista (1989-1992), indicando as prioridades para a área. Paulo Freire esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação entre 1989 e 1991, e sua participação se evidencia nas formulações de toda a gestão, privilegiando a democratização não só do acesso, como da construção participativa da educação pública no município.

São Paulo (SP), [1989]. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartaz produzido e divulgado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo durante a gestão petista de Erundina (1989-1992), sobre o Conselho da Escola, atividade que envolvia toda a comunidade escolar, isto é, pais, alunos, professores, funcionários e técnicos educacionais, nas tomadas de decisões sobre o funcionamento da escola e também da Secretaria de Educação.

São Paulo (SP), [1989]. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Vídeo registra Paulo Freire, à época Secretário Municipal de Educação de São Paulo, em conversa com alunos de uma escola pública no município. Freire aborda o papel da escola e a importância de se debater os rumos deste espaço de convívio social. Esta atividade faz parte das prioridades traçadas pela Secretaria Municipal de Educação, durante a gestão petista (1989-1992), envolvendo alunos, professores, funcionários e técnicos educacionais nas tomadas de decisão sobre o funcionamento da escola e também da Secretaria de Educação. Paulo Freire esteve à frente desta Secretaria entre 1989 e 1991.

São Paulo (SP), 21 de agosto de 1989. Duração: 30min:13seg. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Informativo “Dez meses de administração. O que mudou”, publicado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, durante a gestão petista (1989-1992). Dentre os pontos abordados estão: uma nova proposta pedagógica; reorientação curricular; formação permanente de educadores; melhorias nas condições materiais para o trabalho pedagógico; e educação de adultos. Segundo Paulo Freire, “(…) nestes primeiros dez meses de administração, procuramos tratar do ‘corpo’ e da ‘alma’ da escola municipal. Com a participação ativa das entidades sindicais, professores, alunos, funcionários, muito já foi conseguido. O saldo foi positivo. É assim, através do trabalho coletivo, que iremos construindo a escola popular e democrática”. Freire esteve à frente desta Secretaria entre 1989 e 1991.

São Paulo (SP), outubro de 1989. Crédito: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Folheto do projeto Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos da cidade de São Paulo, o MOVA-SP, publicado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo no primeiro ano da gestão Erundina (1989-1992). O lançamento do MOVA-SP aconteceu em 29 de outubro de 1989, e dentre os objetivos do projeto estavam: “desenvolver um processo de alfabetização que possibilitasse aos educandos uma leitura crítica da realidade”; “contribuir para o desenvolvimento da consciência crítica dos educandos e dos educadores envolvidos”; “reforçar o incentivo à participação popular e à luta pelos direitos sociais do cidadão”; “reforçar e ampliar a atuação dos grupos populares que já trabalhassem com alfabetização de adultos na periferia da cidade”.

São Paulo (SP), outubro de 1989. Crédito: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Lançamento do projeto Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos da cidade de São Paulo, o MOVA-SP, realizado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, no primeiro ano da gestão petista (1989-1992).

São Paulo (SP), 11 de dezembro de 1989. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Registros do 1º Congresso dos Alfabetizandos da cidade de São Paulo, realizado dia 16 de dezembro de 1990. Este evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, durante a gestão de Paulo Freire, e contou com a presença de diversas entidades populares vinculadas aos projetos de educação popular. Dentre os objetivos do Congresso estavam: “realizar um encontro que estreitasse os vínculos entre os alfabetizandos, enquanto cidadãos de São Paulo”; “estreitar as relações de trabalho e de compromisso entre alfabetizadores e alfabetizandos”; “apresentar trabalhos e atividades realizadas conjuntamente em cada região pelos alfabetizandos do MOVA e do EDA”.

São Paulo (SP), 16 de dezembro de 1990. Crédito (foto): Autoria desconhecida. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Vídeo registra conversa de Paulo Freire com crianças e adolescentes sobre a atuação da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, durante a sua gestão, e as possíveis melhorias na realidade escolar. Dentre os pontos abordados na conversa, estão: as condições das escolas municipais na capital paulista, como materiais de ensino, número de alunos por turma, estrutura; administração e orçamento da Secretaria; e ampliação dos Conselhos de Escola, que permitiam com que pais, alunos, professores e demais funcionários das escolas contribuíssem sobre o funcionamento destes espaços de convívio social. Paulo Freire esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação entre 1989 e 1991.

São Paulo (SP), [19—]. Duração: 24min:20seg. Crédito: [Secretaria Municipal de Educação de São Paulo]. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Análise de Paulo Freire, à época Secretário Municipal de Educação de São Paulo, sobre a sua gestão entre 1989 e 1991. Dentre os resultados abordados por Freire, estão os índices de retenção e aprovação de alunos na rede municipal de ensino de São Paulo, no período de 1980-1990. Segundo o educador, a rede teve, ao longo de sua gestão, os menores índices de evasão escolar no período analisado, além do número crescente de aprovação dos alunos.

São Paulo (SP), Diário Oficial do Município de São Paulo, 12 de março de 1991. Crédito: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para ler o documento.


Paulo Freire anuncia sua saída da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em 27 de maio de 1991. O evento foi realizado no Theatro Municipal de São Paulo (foto), e contou com a participação de Marilena Chauí, Dom Paulo Evaristo Arns, Mário Sérgio Cortella, Darcy Ribeiro, da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, e Luiz Inácio Lula da Silva. Cortella se tornou o novo secretário e deu continuidade, juntamente com a equipe da secretaria, às políticas e ao legado freireano na gestão da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo entre 1991 e 1992.

São Paulo (SP), 27 de maio de 1991. Crédito: Paulo Freire. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Compilado de depoimentos de Paulo Freire no período em que esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, durante a gestão de Luiza Erundina (1989-1992). O vídeo reúne falas de Freire em diferentes momentos de sua atuação, como nos encontros dos Núcleos de Ação Educativa (NAE’s), em entrevistas e no evento que marcou a sua despedida da Secretaria em 27 de maio de 1991.

São Paulo (SP), 1990-1991. Duração: 02hr:03min:33seg. Crédito: [Secretaria Municipal de Educação de São Paulo]. Acervo: Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire.

Clique na imagem para acessar o documento.


Paulo Freire participa do 1º Congresso para a Integração de Educação, Cultura e Lazer, promovido pela prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), no Pavilhão Vera Cruz, em julho e 1991. Os projetos desenvolvidos por Freire na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo serviriam de modelo para aplicação de políticas semelhantes em outras experiências de governos petistas.

São Bernardo do Campo (SP), julho de 1991. Crédito: Autoria desconhecida. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Implementação no município de Diadema, na gestão José Filippi Júnior (1993-1996), do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), projeto originalmente desenvolvido na gestão de Paulo Freire na Secretaria de Educação do município de São Paulo.

Diadema (SP), 1993-1996. Créditos: Autorias desconhecidas. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartaz do projeto Escola Cidadã, aplicado pela prefeitura de Porto Alegre (RS), durante a gestão do petista Raul Pont (1997-2000). Este projeto tem inspiração no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), originalmente desenvolvido na gestão de Paulo Freire na Secretaria de Educação do município de São Paulo.

Porto Alegre (RS), 1997-2000. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique na imagem para acessar o documento.


Cartazes dos projetos Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) e Serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEJA), promovidos pela prefeitura de Santo André, durante a gestão do petista Celso Daniel (1997-2000). Estes projetos têm inspiração no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), originalmente desenvolvido na gestão de Paulo Freire na Secretaria de Educação do município de São Paulo.

Santo André (SP), 1997-2000. Acervo: Centro Sérgio Buarque de Holanda/Fundação Perseu Abramo.

Clique nas imagens para acessar os documentos.

Acervos relacionados

Acervo do Centro Sérgio Buarque de Holanda, da Fundação Perseu Abramo

A Fundação Perseu Abramo (FPA) foi instituída pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1996, sendo uma fundação partidária, conforme definido na legislação em vigor. Pela sua natureza, colabora para a consolidação do projeto petista e com o esforço de desenvolvimento de uma nova cultura política em nosso país. O Centro Sérgio Buarque de Holanda (CSBH), por sua vez, corresponde ao setor da FPA responsável pelo tratamento do arquivo histórico do Diretório Nacional do PT, bem como pelo fomento à pesquisa e à reflexão sobre a história do partido, da esquerda e da classe trabalhadora.

O arquivo é composto de documentação que permite conhecer passagens importantes da reorganização da esquerda brasileira contemporânea, especialmente a história de luta pela conquista e manutenção da nossa democracia após o fim do regime militar. Traz elementos para entender a relação dos trabalhadores e das trabalhadoras com a política e com o sistema político nacional, e permite aos pesquisadores analisar a história do Partido dos Trabalhadores (PT) com base em evidências produzidas na realidade dos processos históricos. O acervo arquivístico contém documentos não só da trajetória do PT, como também de organizações de esquerda e movimentos sociais, do Brasil e de outros países, sobretudo da América Latina e da Europa. As datas limite dos arquivos reunidos compreendem o período entre 1952 a 2017, principalmente entre as décadas de 1980 e 2000.

O acervo está dividido em conjuntos documentais sendo o principal deles o Fundo Partido dos Trabalhadores – Diretório Nacional (PTDN). Além deste, há outros fundos com documentos produzidos e recebidos por instituições, como de tendências internas do PT, de diretórios, das Fundações do PT, como a FPA e a Fundação Wilson Pinheiro, e de organizações de trabalhadores que se uniram ao partido em sua fundação. Toda as pessoas e instituições que se esforçaram por armazenar os registros desta história contribuíram para que o PT construísse, por meio da FPA, um acervo riquíssimo para a história política do país, patrimônio do PT e da sociedade brasileira.

O acervo digitalizado pode ser pesquisado através do site da Fundação Perseu Abramo, na página do CSBH, por meio da base de dados AtoM, software livre adotado como ferramenta de difusão do nosso acervo arquivístico. Estão disponíveis o acervo iconográfico – composto por fotografias, negativos e cartazes –, além dos jornais nacionais editados pelo PT e distribuídos em versão impressa entre os anos 1981 e 1996: Jornal dos Trabalhadores, Boletim Nacional, PT Notícias, Jornal Brasil Agora e PT Na Luta da Constituinte – esta última, publicação informativa da bancada do partido no Congresso Constituinte, criada em 1987 e que circulou até a promulgação da Constituição, em outubro de 1988.  Além destes, disponibilizamos também o jornal Em Tempo, primeiro dos jornais produzidos pelas tendências do PT a ser disponibilizado, o qual será seguido das demais publicações destes grupos. A equipe do CSBH trabalha para que, no futuro, a maior parte do acervo arquivístico esteja disponível on-line.

O acervo arquivístico do CSBH está disponível para consulta de pesquisadores, militantes e simpatizantes do PT e demais interessados.

Instituto Paulo Freire

O Instituto Paulo Freire (IPF – www.paulofreire.org) é uma organização não governamental sem fins lucrativos. Desde a sua criação, em 1991, Paulo Freire acompanhou de perto a sua constituição: apresentou nomes, participou da discussão do seu estatuto, da definição da linha básica de atuação, tomou parte nas principais decisões e contribuiu sempre com suas valiosas e esclarecedoras reflexões sobre os projetos desenvolvidos. Atualmente existem Institutos Paulo Freire presentes em 18 países ao redor do mundo, independentes institucionalmente, mas orientados pelos mesmos princípios éticos, políticos e pedagógicos. Localizam-se na Argentina, Áustria, Brasil, Cabo Verde, Chile, China, Colômbia, Egito, Espanha, EUA, Índia, Inglaterra, Itália, Malta, Peru, Portugal, República Dominicana e França.

O que nos move é um amplo, fecundo e generoso encontro de instituições, de projetos, de sonhos e de pessoas que se querem homens e mulheres sujeitos da história, portanto, seres condicionados, mas não determinados, por isso, capazes de realizar a transformação social. A fim de possibilitar a troca de experiências e aprofundar as reflexões teóricas em torno de seus campos de atuação, em particular a educação, o Instituto se organiza em quatro áreas: Educação Popular, Educação Cidadã, Educação deAdultos, Educação em Direitos Humanos. Cada área desenvolve atividades de estudos, pesquisas,documentação, publicações, formação inicial e educação continuada, consultorias e assessorias, considerando as dimensões socioambiental e intertranscultural.

Para alcançar seus objetivos, o IPF procura: desenvolver ações orientadas por princípios éticos, que permitam incidir sobre as políticas públicas e as ações dos movimentos sociais que combatem a desigualdade e estimulam a participação cidadã; lutar contra a discriminação e exclusão de pessoas jovens e adultas analfabetas e garantir o direito humano fundamental à educação para todos e todas; desenvolver projetos de intervenção em escala global, regional e local, sistematizando novas formas de gestão compartilhada que orientem e facilitem a execução de políticas voltadas para a inclusão social.

Em 1998, um ano após a morte de Paulo Freire, o IPF criou o Fórum Paulo Freire, um espaço internacional de estudo e atualização do seu legado, bem como de fortalecimento de vínculos entre pessoas e organizações que desenvolvem trabalhos e pesquisas na perspectiva da filosofia freiriana. Os Encontros Internacionais do Fórum Paulo Freire acontecem a cada dois anos. No II Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, realizado em Bologna (Itália), no ano 2000, foi fundada a UNIFREIRE (Universitas Paulo Freire). Por meio da UniFreire, realizamos cursos pela EaD Freiriana (www.eadfreiriana.org), utilizando ambientes de aprendizagem para viabilizar encontros formativos mediados pela tecnologia, cuidadosamente preocupados em manter a coerência de uma ação relacional, dialógica, afetiva e participativa.

O IPF é membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial e também da Secretaria Executiva do Fórum Mundial de Educação. Esses Fóruns não teriam nascido no Brasil sem a história de lutas de mais de 60 anos do movimento de educação popular do qual Paulo Freire é um dos seus maiores inspiradores. Participando e impulsionando, desde o início, esses Fóruns, o IPF busca construir, coletivamente, as estratégias necessárias para a construção de um “outro mundo possível”. A missão que o IPF se propôs está intimamente ligada aos Fóruns.

O Instituto Paulo Freire mantém em sua sede central, em São Paulo, o Centro de Referência Paulo Freire (CRPF) com a biblioteca de Paulo Freire e os Arquivos Paulo Freire, que reúne inúmeros registrosaudiovisuais, documentos e manuscritos. O Acervo de Paulo Freire possui reconhecimento do Conselho Nacional de Arquivos, e, também, do Programa Memória do Mundo, da UNESCO. Possui títulos em âmbito nacional, latinoamericano e caribenho e, em 2017, recebeu o título de Patrimônio Documental da Humanidade. Grande parte do material que está no CRPF vem sendo digitalizado e disponibilizado no Memorial Virtual Paulo Freire: www.memorial.paulofreire.org.


Navegue pela exposição:

`