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Pesquisa Ibope confirma favoritismo de Dilma: A nova rodada da pesquisa do Instituto Ibope sobre as eleições presidenciais de 2014, divulgada na noite de ontem, 24, confirmou o favoritismo da candidatura da presidenta Dilma Rousseff para o pleito. Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 17 e 23 de outubro, Dilma venceria a eleição ainda no primeiro turno em todos os cenários abordados. No cenário hoje mais provável, Dilma venceria a eleição com 41% dos votos contra 14% de Aécio Neves e 10% de Eduardo Campos. O cenário mais apertado para Dilma, no primeiro turno, seria uma disputa com Marina e Aécio, quando a presidenta teria 39% dos votos, contra 21% de Marina e 16% do tucano. Em um eventual segundo turno, Dilma venceria qualquer adversário, recebendo 45% dos votos contra 18% de Campos, 44% contra 23% de Serra, 47% contra 19% de Aécio e 42% contra 29% de Marina. A taxa de rejeição aos candidatos também chama atenção: Serra lidera com 47% de rejeição, em seguida vem Aécio com 40%, Campos 39%, Dilma 38% e Marina 31%. Além disso, o Ibope apurou que 38% dos entrevistados consideram o governo Dilma bom ou ótimo, contra 37% do levantamento anterior.
Comentário: A consolidação do favoritismo de Dilma quatro meses após os protestos de junho, que lançaram uma desconfiança generalizada do eleitorado contra todos os governantes do Brasil, confirma a força social e política dos governos petistas junto à população. Esta pesquisa foi conduzida em grande parte antes do sucesso do leilão de Libra de pré-sal, do pronunciamento da presidenta em cadeia nacional de rádio e TV, da assinatura da lei que promulga o programa Mais Médicos e do programa eleitoral petista veiculado na quinta-feira, 24, na televisão, o que reforça a crença de que o patamar de 40% das intenções de voto é o piso e não o teto do desempenho da presidenta, que pode ter crescido nos últimos dias. Mesmo não recuperando os patamares de aprovação pré-junho, a liderança folgada de Dilma indica também que a oposição está encontrando dificuldades na construção de um discurso e de uma candidatura que dialogue com os desejos de avanço revelados pela população nos protestos. Aparentemente, a aliança Campos/Marina trouxe alguma esperança para a dupla, que cresceu na pesquisa em relação ao levantamento anterior, mas não trouxe nenhum alento ao PSDB, que viu seus dois principais candidatos com crescimento pequeno e uma elevada rejeição.

IPC-FIPE avança 0,39% na terceira semana de outubro: A inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor da FIPE apresentou alta de 0,39% na terceira prévia do mês de outubro, acima do crescimento de 0,37% registrado na semana anterior. O resultado também é superior ao mesmo período do mês passado, quando o índice apresentou elevação de 0,20%. O maior vilão da inflação continua sendo os alimentos, que saíram de alta de 0,61% na medição anterior para 0,9% na atual. Desta forma, 0,20% da inflação total da semana pode ser explicada apenas pela alta dos alimentos. Na outra ponta, quatro grupos de despesa apresentaram desaceleração, liderados por habitação (0,25% para 0,15%), saúde (0,65% para 0,41%) e vestuário (0,25% para 0,03%).

Comentário: A inflação no mês de outubro decerto será superior a registrada no mês de setembro, em parte pelo comportamento sazonal da inflação ao longo do ano, em parte pelos impactos da desvalorização cambial sobre os preços no varejo, que só começam a ser observados agora. O crescimento da inflação de alimentos é sempre um fator adicional de preocupação, pois atinge diretamente a renda das famílias mais pobres, sendo também alvo de maior descontentamento e desconfiança por parte dos consumidores. Apesar disso, é de se esperar que esta pressão momentânea (advinda em grande medida da desvalorização cambial e do aumento de preço de alguns insumos produtivos) se dissipe nos próximos meses, afetando em menor grau os diversos índices inflacionários.
Análise: Guilherme Mello, Economista
www.fpabramo.org.br
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