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Serra fica no PSDB, Cid Gomes vai para o PROS e Rede tem parecer desfavorável: Faltando três dias para o encerramento do prazo de filiação a eventuais candidatos às eleições de 2014, o tucano José Serra anunciou na noite de ontem, 1º, que permanecerá no PSDB, encerrando as apostas de que seria candidato por outro partido (particularmente o PPS, que já havia se colocado aberto para Serra se candidatar). Outra importante definição foi a confirmação de que os irmãos Cid e Ciro Gomes ingressarão no PROS, levando consigo um grupo expressivo de políticos e apoiadores anteriormente filiados ao PSB. Por fim, nesta quinta-feira, 3, será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de registro do partido de Marina Silva: Rede Sustentabilidade. Ontem, Marina e seus apoiadores tiveram uma notícia negativa quando a Procuradoria Eleitoral emitiu parecer desfavorável à criação da Rede, alegando que a sigla não teria conseguido angariar apoio suficiente na sociedade, por meio da coleta de assinaturas, faltando ainda 50 mil assinaturas para o cumprimento da meta legal de 492 mil apoios autenticados em cartório.
Comentário: A decisão de Serra permanecer no PSDB não impossibilita completamente que ele seja candidato nas eleições presidenciais de 2014: Serra pode decidir se candidatar a outro cargo (senador, por exemplo) ou mesmo disputar a indicação do partido à presidência. É pouco provável, no entanto, que o PSDB abandone a candidatura de Aécio Neves, que já ganhou o apoio da quase totalidade das lideranças partidárias. Já o caso de Marina Silva deve ser definido amanhã, 3, com o julgamento do pedido de registro da Rede pelo TSE. Caso não haja aprovação do tribunal, Marina ainda teria a opção de se filiar a outra legenda (já tendo um convite explícito do Partido Ecológico Nacional, PEN) até sábado se quiser se candidatar. A pressão sobre Marina será enorme, dado que a desistência de Serra de mudar de partido e lançar-se candidato pode criar um cenário de manutenção de apenas três concorrentes fortes, se contarmos aqui com a efetivação de Eduardo Campos pelo PSB. Em tese, este cenário poderia facilitar a eleição de Dilma ainda no primeiro turno, razão pela qual os candidatos oposicionistas certamente pressionarão Marina a não abandonar seus planos presidenciais, ainda que por outro partido que não a Rede.
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Produção industrial se mantém estável em agosto: Dados divulgados nesta manhã pelo IBGE revelam que a produção industrial de agosto se manteve estável em relação àquela verificada no mês de julho, quando havia recuado 2,4% em relação ao mês anterior. O resultado ficou levemente acima da expectativa média do mercado (-0,1%), mas 1,2% abaixo do resultado verificado em agosto de 2012. No acumulado de doze meses, a alta da indústria soma 0,7%, sendo que apenas em 2013 a indústria já apresentou crescimento de 1,6%. A boa notícia fica por conta da forte expansão na produção de bens de capital, que entre julho e agosto cresceu 2,6%, recuperando parte da queda de 4,7% registrada em julho. Os bens intermediários também apresentaram expansão de 0,6% em relação a julho/2013, mas os setores de bens de consumo registraram queda de 0,6%, levando o indicador da indústria em geral para a estabilidade.

Comentário: No acumulado de 2013, a expansão do setor de bens de capital já soma 13,5%, apontando para uma forte ampliação do investimento no período. Este dado é importante, pois aponta para um aumento da produção industrial no futuro, além de trazer consigo aumento da produtividade do capital e melhoria na competitividade da indústria nacional. É razoável se supor que a indústria brasileira cresça próxima a 2% neste ano, recuperando parte da queda verificada em 2012 (- 2,7%). Um novo impulso pode ser dado à produção industrial caso os leilões de concessão de petróleo e infraestrutura sejam bem sucedidos, ampliando a demanda por investimento para os próximos anos. A manutenção de uma taxa de câmbio competitiva também é condição necessária, mas não suficiente, para a recuperação da produção industrial e o aumento da competitividade das indústrias nacionais.
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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