Comércio mantém avanço em agosto, mas inflação acelera: Pesquisa realizada pela Serasa/Experian mostra que a atividade no comércio avançou 0,2% em agosto em comparação com o mês de julho, quando havia registrado o mesmo índice de expansão. O crescimento na atividade comercial no mês foi puxado pelos setores de construção (1,7%) e supermercados (1,6%). Em 2013, a atividade no varejo acumula alta de 5,7%. Outra pesquisa, realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostra que a confiança dos empresários do setor apresentou leve melhoria no mês de agosto em comparação com o mês imediatamente anterior (avanço de 0,8%), mas o índice apresenta piora se comparado com o mesmo mês de 2012 (-4,2%). Apesar disso, a CNC acredita que no segundo semestre o volume de vendas no comércio será 4,5% maior que o verificado ao longo dos seis primeiros meses do ano. Por fim, o IPC-Fipe (que mede a inflação na cidade de São Paulo) avançou 0,22% na quarta quadrissemana de agosto (praticamente o mesmo índice registrado na semana anterior, quando avançou 0,23%), acelerando em relação ao mesmo período de julho, quando registrou deflação de 0,13%. As principais mudanças no índice divulgado hoje, em relação ao verificado no fechamento de julho, foram a menor queda no preço dos alimentos, que em julho apresentou deflação de 0,40% e em agosto queda de apenas 0,02%, e a menor deflação nos transportes, partindo de queda de 1,3% em julho para redução de apenas 0,11% em agosto.
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Comentário: A aceleração da atividade comercial está diretamente ligada à gradual retomada da confiança do consumidor, derivada por sua vez da queda da inflação e do fim das manifestações de junho. Obviamente, o avanço do comércio depende também da contínua melhoria das condições do mercado de trabalho, da oferta de crédito e da renda dos assalariados, variáveis que vêm apresentando um comportamento de estabilização no momento atual. Por estes motivos, não é recomendável esperar grandes avanços do comércio varejista como os observados no passado recente, mas a estabilização da inflação pode e deve melhorar marginalmente a contribuição da demanda das famílias no segundo semestre. |
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