Economia Circular e Bioeconomia entram na pauta das Eleições Municipais
NAPPs Meio Ambiente e Economia realizaram debate nesta terça (9) com a participação de especialistas e lideranças políticas
Os Núcleos de Acompanhamento de Políticas Públicas (NAPP) de Meio Ambiente e Economia realizaram debate nesta terça-feira (9) em mais uma etapa do projeto FPA nas Eleições, cujo objetivo é pensar em propostas e ideais para os programas de governo das candidaturas petistas.
Bioeconomia e Economia Circular foram o tema central do encontro, que contou com a participação de especialistas e lideranças políticas. “São dois temas que se entrelaçam e devem ser pensados como indispensáveis para o desenvolvimento das cidades”, definiu Tiago Amaral, mestre em administração pública e representante do NAPP Meio Ambiente.
A economia circular propõe uma gestão sustentável alinhada a desenvolvimento econômico que melhor aproveite os recursos naturais. Bioeconomia é o estudo sobre esta estrutura.
Na prática, no entanto, a medida ainda se concentra nas grandes cidades e de maneira pontual. O economista Marcelo Miterhof citou o modelo de transporte coletivo presente em todo o país. “Os ônibus elétricos de Sâo Paulo atendem a esses critérios por serem menos poluentes. O problema é que o custo ainda é alto se comparado ao modelo convencional”.
Carina Vitral, também economista, lembrou da influência das mudanças climáticas e de como isso interfere na vida real. “É um fenômeno que afeta sobretudo os mais pobres. É um desafio do nosso tempo pensar em medidas para promover desenvolvimento sem esquecer da agenda ecológica”.
O especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental Lucas Ramalho considera urgente incluir tais pautas no discurso das candidaturas petistas. “A Bioeconomia e a Economia Circular precisam de um tratamento mais adequado no Brasil sobretudo na questão do descarte de resíduos no meio ambiente”.
Luiz Krieger acredita na Economia Circular como estratégia de desenvolvimento também nas cidades menores. “Há tecnologias bastante acessíveis que podem ser levadas para além das grandes cidades. Para isso o primeiro passo garantir que haja o mínimo de infraestrutura nessas regiões”.
Mestre em Relações Internacionais e autor de pesquisas sobre mudanças climáticas, Rodrigo Fühe sugeriu que “as cidades façam um pacto para se adaptarem às novas demandas do desenvolvimento, incentivando a criação de projetos inovadores”.
Avanços recentes
O deputado federal e ambientalista Nilto Tatto citou decreto assinado por Lula que cria o Programa União com os Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais, parceria com estados e municípios em ações de desenvolvimento sustentável. “O governo federal será um grande aliado na construção das propostas para os municípios”.