Relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), divulgado esta semana, mostra que o Brasil diminuiu a desigualdade social. Nos anos 1990, o país era o mais desigual na região. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, apesar de o país ainda estar em quarto lugar, foi o que mais reduziu a desigualdade nos últimos anos, enquanto em outros países ela cresceu.

Relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), divulgado esta semana, mostra que o Brasil diminuiu a desigualdade social. Nos anos 1990, o país era o mais desigual na região. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, apesar de o país ainda estar em quarto lugar, foi o que mais reduziu a desigualdade nos últimos anos, enquanto em outros países ela cresceu.

A ministra lembra que, nos últimos anos, a renda dos mais pobres no Brasil cresceu 70% e a dos mais ricos também, em cerca de 10%. Segundo Tereza Campello, os 10% mais pobres tiveram a renda 70% maior por causa do trabalho, ou seja, foram gerados novos empregos. Mesmo assim, o Brasil mantém o problema porque, segundo ela, a desigualdade era grande. De acordo com o relatório, o Brasil está atrás apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia na distribuição de renda.

“A boa noticia é somos o país que mais reduziu a desigualdade no mundo. Hoje, cresce a desigualdade nos EUA e em outros países da América Latina. O Brasil foi um dos que reduziram.” Na avaliação da ministra, a condição para o país superar o problema é não só melhorar a renda. “A gente só vai conseguir isso à medida que se modifique não só a renda do povo, mas as condições de educação e saúde. É esse esforço gigantesco que estamos fazendo”, afirma, referindo-se ao Plano Brasil Sem Miséria, lançado no ano passado.

Segundo Tereza Campello, a educação tem sido uma obsessão da presidenta Dilma Rousseff, que sempre insiste que o país só conseguiu sair da condição de subdesenvolvimento para a de desenvolvimento mudando a educação. “Esse é o nosso grande esforço. Estamos fazendo isso no Brasil Sem Miséria.” Segundo ela, em um ano, o número de escolas em tempo integral mais que triplicou, passando de 5 mil para 17 mil, atendendo mais de 50% dos estudantes beneficiários do Bolsa Família.

A ministra ressalta, no entanto, que esses avanços não se contabilizam de um ano para o outro. “Se a gente medir a desigualdade no ano que vem, esse esforço de educação não vai ser sentido na mudança de renda, mas certamente vai mudar nosso país, e isso vai tirar a população de fato na pobreza.”

Como resultado do Brasil Sem Miséria, a ministra destacou ainda a redução em 40% da extrema pobreza, em especial nas famílias com crianças de 0 a 6 anos, e ações de qualificação profissional e fortalecimento da agricultura familiar. “Estamos avançando na transferência de renda e expandindo o Bolsa Família. Mas, como todos os estudos mostram, estas famílias também têm melhorado sua renda no trabalho”, afirma Tereza Campello.

(Com informações do Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome)