Mais de 700 pessoas, entre parlamentares, dirigentes e militantes partidários e representantes de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais, participaram do ato "Reforma Política para ampliar a democracia" , realizado nesta terça-feira (4), no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Mais de 700 pessoas, entre parlamentares, dirigentes e militantes partidários e representantes de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais, participaram do ato "Reforma Política para ampliar a democracia" , realizado nesta terça-feira (4), no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

O financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais foi defendido de forma unânime por todos os oradores do ato. Os principais argumentos dos defensores da proposta são a transparência, a diminuição da corrupção e a democratização das campanhas que ocorreria com o fim das doações privadas a candidatos e partidos.

"O atual modelo de financiamento privado tem afastado pessoas de bem da política, que não querem entrar na política por falta de condições financeiras para arcar com uma campanha ou porque não querem entrar no jogo pesado e espúrio da captação de recursos", destacou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.

"Hoje, com o financiamento privado, as empresas montam suas listas e escolhem aqueles candidatos que desejam ajudar. Defendemos a adoção do financiamento público, com lista partidária, para afastarmos o abuso do poder econômico sobre o processo político brasileiro", complementou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique.

O presidente da OAB também fez um apelo aos parlamentares para que a reforma política seja finalmente concretizada. "Não frustrem mais uma vez a esperança da sociedade brasileira de ver a realização de uma reforma política", pediu Cavalcante.

Democracia direta e participativa – Outro tema amplamente endossado pelos participantes do ato foi a melhoria dos instrumentos de participação da sociedade nos processos decisórios. "Precisamos facilitar a elaboração e a apresentação de projetos desta natureza, melhorar a tramitação e incluir a possibilidade de termos propostas de emendas constitucionais (PECs) a partir de projetos de iniciativa popular", declarou Nilmário Miranda, presidente da Fundação Perseu Abramo.

Mulheres – A representante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) cobrou maior valorização das mulheres na reforma política e propôs a paridade nas listas partidárias, proposta apoiada pela deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina da Câmara.

A atividade foi organizada pelas fundações de alguns partidos de esquerda – PT, PSB, PDT e PCdoB – e teve o apoio da OAB, da CUT, da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) e de entidades do movimento negro, entre outras.