Seminário do NE discute papel do PT na nova etapa de desenvolvimento do país
Evento acontece em Recife, e é promovido pelo fórum dos presidentes do PT Nordeste, pelo Diretório Nacional do PT e pela Fundação Perseu Abramo.
A consolidação e integração de estratégias que possibilitem um contínuo crescimento do Nordeste foi o tom que marcou o primeiro dia do Seminário “Brasil hoje e suas perspectivas”. O encontro começou nesta sexta-feira, 17, com um ato político e um painel sobre o Brasil. Compuseram a mesa de abertura, entre outros, os presidentes do PT de Pernambuco, Pedro Eugênio, da Bahia, Jonas Paulo, e, da Paraíba, Rodrigo Soares, além do secretário geral do PT nacional e vice-presidente da FPA, Eloi Pietá, e do presidente do Instituto de Pesquisas e Estatística Aplicada (IPEA), Marcio Pochmann.
No ato político de abertura do seminário, as lideranças partidárias falaram sobre a relevância do NE para o desenvolvimento do país e a necessidade de implementação de estratégias para promoção de mais avanços na região. Segundo Pedro Eugênio, coordenador do ato, é preciso promover uma integração política e social que dê margem a um progresso efetivamente estruturado por um pensamento de organização política e partidária.
Do painel “Brasil hoje e suas perspectivas”, participaram o secretário geral do PT nacional e vice-presidente da FPA, Eloi Pietá, e Marcio Pochmann. Pietá reconheceu a importância da região nordestina dentro do panorama nacional e falou da necessidade de se pensar questões que ainda não estão resolvidas no país. “Temos que refletir sobre o que é o Brasil hoje e quais são as perspectivas futuras. Existem muitos desafios que ainda precisam ser vencidos na área de educação, saúde, tecnologia e infraestrutura. Precisamos discutir como vamos superar esses problemas”, comentou. Segundo Elói, o PT deve olhar para o horizonte.
O presidente do IPEA, Márcio Pochmann, fez um panorama da história da economia no último século, propondo três passos essenciais para o Brasil desenvolver-se nas próximas décadas. Em primeiro lugar, estabelecer uma moeda reconhecida fora do país. Em segundo, a constituição de um sistema de segurança, principalmente pela extensão das fronteiras do Brasil. “Temos a segunda maior fronteira seca do mundo e, agora com o pré-sal, esse sistema é estratégico”. Por fim, Pochmann considerou essencial constituir um “complexo de produção e difusão do conhecimento tecnológico”. Ele lembrou que no governo “neoliberal”, referindo-se aos governos do PSDB, o Brasil tinha 9% dos jovens matriculados no ensino superior, e hoje são 13%.
Pochmann concluiu sua apresentação afirmando que “não há caminho a seguir, se não sabemos onde queremos chegar. Este é o papel político da liderança. Só há uma coisa que nos impede de conquistar isso: o medo de ousar politicamente”.