Uma carta aberta assinada por 1.500 acadêmicos e militantes brasileiros e americanos que atuam nos Estados Unidos e na Europa começa a circular neste domingo com críticas à mobilização conduzida por Jair Bolsonaro para os atos de 7 de setembro. Para esse grupo, existe um risco real de que as manifestações da próxima terça-feira repitam no Brasil cenas como as da invasão do Capitólio, em janeiro de 2021.

Naquela ocasião, extremistas incitados por Donald Trump invadiram o edifício do Congresso americano em protesto contra a derrota do presidente na eleição. Intitulada “Que a Esplanada não seja o novo Capitólio”, a carta escrita em inglês e português é uma iniciativa da Rede nos Estados Unidos pela Democracia do Brasil, que em fevereiro entregou a Joe Biden um dossiê pedindo o congelamento de acordos, negociações e alianças políticas com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro estiver na Presidência. Em março, eles também acusaram Bolsonaro no Congresso dos EUA de se omitir diante de agressões feitas por grileiros e garimpeiros à comunidade indígena munduruku.

“Dadas as ações do presidente Bolsonaro, esse ano é possível que a data seja marcada por altos índices de violência que podem levar o país a uma desestabilização política sem retorno”, diz um trecho.

Em outra passagem, os signatários demonstram preocupação com a possibilidade de confrontos que sejam usados por Bolsonaro para justificar medidas autoritárias.

Baseada em texto de Malu Gaspar no Globo.

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