Lula, Dilma, Samper, Zapatero, Correa, Torrijos e Lugo preocupados com a situação política do Peru fazem um chamado em defesa da institucionalidade democrática.

Nós, signatários desta declaração do Grupo de Puebla, preocupados com a situação política no Peru e movidos pela necessidade de defender a institucionalidade democrática, declaramos:

1. Há fortes indícios de que o professor Pedro Castillo obteve a maioria dos votos nas eleições de 6 de junho último, realizadas de acordo com as garantias e normas da transparência e disputa eleitoral.

2. Apurada a totalidade das atas de votação, nos dirigimos respeitosamente ao Jurado Nacional de Elecciones (JNE) do Peru para que proceda em consequência e declare formalmente a vitória de Pedro Castillo.

3. O legítimo direito de que dispõem os adversários políticos de Pedro Castillo para solicitar esclarecimentos e revisões dos documentos e processos eleitorais, não pode tornar-se uma estratégia dilatória para impedir a validação de resultados que, segundo as contagens e as missões e observação eleitoral são inquestionáveis.

4. Como é do conhecimento do Presidente da República, das Forças Armadas e demais atores institucionais, qualquer atraso injustificado na oficialização da decisão tomada pelo povo peruano que resultou na eleição de Pedro Castillo, gera incertezas e cria espaços indesejáveis de desorganização para o curso da economia, a estabilidade da democracia, podendo atrasar ilegitimamente o mandato do presidente eleito Castillo, afetando a concretização dos projetos sociais anunciados durante sua campanha.

Dilma Rousseff, ex-presidenta do Brasil
Ernesto Samper Pizano, ex-presidente da Colômbia
Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai
José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente da Espanha
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil
Martín Torrijos, ex-presidente do Panamá
Rafael Correa, ex-presidente do Equador

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