O livro Oásis para o capital – Solo fértil para a “corrida de ouro”, de Giorgio Romano Schutte, será lançado na quarta-feira, 16 de dezembro, às 10h, em debate virtual com a participação do autor e das especialistas Isabela Nogueira (UFRJ), Michelle Raton (FGV) e Ana Tereza Mara (UFABC/Copeb). O lançamento pode ser acompanhado pelo facebook: https://www.facebook.com/opeb.ufabc

A publicação trata da dinâmica dos investimentos produtivos chineses no Brasil – uma novidade da última década que veio para ficar – com o objetivo de analisar o quadro global, as estratégias do governo e das empresas chinesas no âmbito global e a realidade do Brasil como um dos principais receptores de investimentos produtivos internacionais.

De leitura fácil e completa em referências, a obra alcança uma compreensão profunda da relação Brasil-China, já de suma importância estratégica para as duas nações e que deverá ganhar cada vez mais espaço nos próximos anos. Uma fonte importante para o livro foram as publicações e os encontros organizados pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e da Rede Brasileira de Estudos da China (RBCHINA), entre outros.

Nas palavras do autor, a chegada do capital chinês, com todas as especificidades que têm, traz questionamentos que em nada diferem daqueles que deveriam ser suscitados pela entrada e tradicional presença dos investimentos de países desenvolvidos. Os problemas que se vislumbram não têm sua origem na agressividade com a qual as empresas chinesas ocuparam, em curto tempo, seu lugar em vários setores estratégicos no Brasil. Tampouco esse movimento representa, por si só, uma solução ou contribuição automática para a retomada do desenvolvimento do Brasil.

A promessa da globalização era que as simples abertura de fronteiras e desregulamentação para atrair investimentos produtivos internacionais (chamados de Investimentos Externos Diretos – IED) contribuiriam diretamente para o crescimento global, que a atração desses aportes promoveria o desenvolvimento nos diversos países receptores. A rejeição de tal visão não significa defender uma rejeição à vinda dos capitais produtivos internacionais.

Portanto, o desafio para o país com relação aos IED é desenvolver maior capacidade para integrar esses recursos em um projeto industrial-tecnológico. É exatamente aí que a China é um grande exemplo. O país se abriu ao capital produtivo internacional, mas o fez com uma estratégia abrangente, visando a gerar capacidade local.

Sobre o autor:
Giorgio Romano Schutte é doutor em Sociologia pela USP, mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Amsterdã, professor associado em Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC.

Serviço:
Oásis para o capital – Solo fértil para a “corrida de ouro”
Lançamento dia 16 de dezembro, 10h, pelo facebook: https://www.facebook.com/opeb.ufabc

`